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OS AGENTES POLITICOS

OS AGENTES POLITICOS PODEM RESPONDEM POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA?

💡 2 Respostas

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Thaísa

Sim!

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Especialistas PD

Primeiramente, devemos considerar que a definição de agentes políticos varia conforme a doutrina.

Alguns entendem que agentes políticos são tão somente os ocupantes de cargos eletivos, ou seja, Parlamentares e Chefes do Poder Executivo, além dos Ministros de Estado (ou secretários).

Outros, no entanto, defendem que na categoria de agentes políticos incluem-se, além dos citados acima, também os magistrados, membros do Ministério Público, isso porque essas figuras exercem funções essenciais ao Estado e refletem o poder soberano.

Rafael Carvalho Rezende de Oliveira  ensina que:

“Os agentes políticos são sujeitos ativos de improbidade administrativa e, por essa razão, são legitimados a participar da ação judicial no polo passivo. A aplicação das sanções, entretanto, pode ser afetada a depender do cargo exercido pelo agente político, em especial no tocante à perda do cargo.

Para corrente doutrinária minoritária, qualquer agente político poderá perder a função pública em razão da sentença de procedência proferida em ação de improbidade administrativa que imponha tal pena. A justificativa é a previsão contida no art. 37, § 4.º, da CF, que deve ser interpretado de forma isonômica para todos os agentes públicos. Não parece, entretanto, ser esse o melhor entendimento.

O Presidente da República só pode perder o mandato presidencial por crime de responsabilidade por meio do impeachment, nos termos dos arts. 85 e 86 da CF. Os Deputados Federais e os Senadores só podem perder o mandato por decisão da Câmara ou do Senado, nos termos do art. 55 da CF. Aos Deputados Estaduais chega-se à mesma conclusão, em razão do previsto no art. 27, § 1.º, da CF. Vereadores, prefeitos e governadores podem perder a função pública por sentença de procedência transitada em julgado proferida em ação de improbidade administrativa. Quanto aos agentes públicos vitalícios (membros da magistratura, do Ministério Público, do Tribunal de Contas) há divergência doutrinária, havendo aqueles que permitem a perda do cargo por sentença de procedência na ação de improbidade e outros que entendem ser necessária ação específica para tal fim, em razão de regramentos específicos.” (Curso de Direito Administrativo. 6ª ed. pg. 304-305)

 

 

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