Em 2004, através de uma emenda constitucional, foi criada uma nova categoria de súmula: as vinculantes. As súmulas vinculantes representam uma categoria diferenciada, dotada de teor obrigatório: obrigam a Administração Pública e todos os demais Juízes e Tribunais a seguir seu conteúdo.
Caso não o façam, a decisão violadora da súmula é passível de ser questionada diante do próprio Supremo, por meio de um instrumento chamado de reclamação constitucional.
O artigo 103-A determina como deve ser criada uma súmula vinculante:
"Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei."
Tais súmulas vinculantes tem prós e contras.
Como prós temos que elas promovem a uniformização da jurisprudência, combatem as demandas múltiplas e fornecem ao jurisdicionado a possibilidade de saber, antecipadamente, qual a decisão que o Poder Judiciário proferirá.
Como contras, alguns doutrinadores alegam que há violação à separação de poderes, vez que tais súmulas agem como verdadeiras leis. Outros alegam que violam a independência do juiz. Os críticos também alegam que ocorre um engessamento da jurisprudência, vez que os meios de revisão ou cancelamento de uma súmula vinculante são mais dificultosos do que os de mudança da jurisprudência.
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