Uma mãe representa seu filho menor em juízo para pleitear tratamento médico de alto custo (algo em torno de R$ 500.000,00).
Ocorre que, para custear esse tratamento, o Estado (pense em todos os entes federativos por enquanto) tem de remanejar seu orçamento e acaba negando outros tratamentos médicos, cujo valor unitário é de R$ 1.000,00 a 500 pessoas.
Analise se é justo que o juiz determine que o Estado conceda o tratamento custoso a um menino, mesmo que tenha de negligenciar o tratamento de que outras 500 pessoas necessitam.
Caríssima Lorayne Sandder Mendonça de Jesus. Analisando o caso apresentado, e de acordo com o direcionamento interpretativo que foi proposto, fica muito claro que dessa forma, tal qual o caso se apresenta, não há como afirmar de maneira positiva e acertada qual decisão seria mais justa. Mesmo usando a razoabilidade, e aí concluiríamos que não seria justo cessar o tratamento de muitos em razão de poucos (no caso, apenas de um), enfrentaríamos um problema de cunho moral muito difícil de se resolver, que é dizer o que vale mais, se é a vida de muitos ou a vida de apenas um, visto a impossibilidade de humana de valorar a vida. Assim, dado como está o caso, é impossível tomar uma decisão justa, visto que, qualquer que seja a escolha que se faça será injusta.
Logo, o mais adequado seria analisar o caso por uma perspectiva diferente. Podemos, e esta é uma boa possibilidade, analisar se não seria mais adequado estudar a possibilidade de direcionar a Ação (Processo) no sentido de o Estado (entes federativos) conduzir recursos financeiros que estão sendo gastos com outras áreas, como a verba gasta em publicidade e eventos festivos, para investimento na saúde. Convenhamos, pois, a garantia de saúde de qualidade e universal é de maior interesse da coletividade do que publicidade e eventos festivos, pois se trata de direito fundamental cuja existência garante o usufruto dos demais.
Espero ter ajudado.
Abraços. Bons estudos!!
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