Vamos analisar cada um dos itens: I - Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, analisado em julgamento relativo ao IPTU, o princípio da progressividade não seria uma decorrência lógica do princípio da capacidade contributiva, de forma que para a sua aplicação é necessário que ele esteja expressamente previsto. Essa afirmativa é falsa. O princípio da progressividade está, sim, relacionado à capacidade contributiva, e sua aplicação pode ser feita sem que esteja expressamente previsto, dependendo do contexto. II - A seletividade, princípio aplicável a tributos indiretos em função da essencialidade do tributo, traduz-se na elevada alíquota sobre produtos considerados supérfluos e na reduzida carga sobre produtos essenciais, ou básicos. Essa afirmativa é verdadeira. A seletividade realmente se refere à aplicação de alíquotas diferenciadas com base na essencialidade dos produtos. III - De acordo com interpretação do Supremo Tribunal Federal, o princípio da progressividade exige a graduação do ônus tributário em relação à capacidade contributiva do sujeito passivo, não se aplicando, todavia, aos impostos reais, como por exemplo ao IPTU, uma vez que, em se tratando desses tributos, é impossível a aferição dos elementos pessoais do contribuinte. Essa afirmativa é verdadeira. O princípio da progressividade não se aplica a impostos reais, como o IPTU, devido à dificuldade de aferir a capacidade contributiva do contribuinte. Com base na análise, temos que o item II é verdadeiro e o item III também é verdadeiro. Portanto, a alternativa correta que contém todos os itens verdadeiros é: II e III, apenas.