De acordo com o posicionamento de 2012 do STJ, o recurso criminal interposto não poderá ser apreciado pelo tribunal superior sem suas respectivas razões. Assim, o réu deverá ser intimado para constituir novo advogado. Mantendo-se inerte o réu, ser-lhe-á nomeado defensor público ou advogado dativo. Caso esse procedimento não seja feito, haverá nulidade.
É nulo o julgamento de recurso de apelação da defesa manifestado por termo na hipótese em que as razões não foram apresentadas, a despeito do pedido formulado para juntada destas na instância superior, nos termos do art. 600, § 4º, do CPP. No modelo penal garantista hoje vigente, não se concebe a possibilidade de um recurso de apelação ser apreciado sem que se apresentem as razões (ou contrarrazões) da defesa. Caso não sejam expostas as razões de apelação, deve-se intimar o réu para que indique novo advogado. Se o réu permanecer inerte, deverá ser nomeado defensor público ou advogado dativo para apresentar as razões do recurso. Precedentes citados: HC 225.292-MG, DJe 15/2/2012; HC 71.054-SC, DJ 10/12/2007, e REsp 279.170-RO, DJ 19/12/2002. HC 137.100-SE, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 2/10/2012.
O magistrado segundo a doutrina deve nomear um defensor dativo para apresentar as razões para o réu, pois caso contrário haveria uma deficiência da defesa que poderia causar uma nulidade processual, desse modo, a nomeação de um novo defensor e a devolução do prazo recursal seria uma opção a ser feita.
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Direito Processual Penal II
•UCS
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