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Qual a natureza jurídica das decisões prolatadas em sede de mandado de injuncão?

💡 2 Respostas

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Fernanda Juma Alvares Ribeiro

Mandado de Injunção é Ação Constitucional (Remédio constitucional) de natureza civil que tem por finalidade suprir a falta de norma regulamentadora, que torne inviável o exercício de direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. 

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Especialistas PD

Não há consenso sobre o tema, embora três correntes tenham tentado prevalecer:

  • Teoria da Subsidiariedade – natureza declaratória – o Poder Judiciário se limita a declarar a mora legislativa;
  • Teoria da Independência Jurisdicional – natureza constitutiva erga omnes – o Poder Judiciário edita norma geral que vale para todos.
  • Teoria da Resolutividade – natureza constitutiva interpartes - o Poder Judiciário edita norma que vale apenas para o caso concreto.

Importante ressaltar que, após a edição da lei 13.300/2016, o legislador parece ter determinado a aplicação da Teoria da Subsidiariedade num primeiro momento (art. 8º, I). Não suprida a mora, aplicar-se-ia a Teoria da Independência Jurisdicional ou a Teoria da Resolutividade conforme o caso (art. 8º, II c/c art. 9º, caput e §1º).

Lei 13.300/2016

Art. 8o  Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para:

I - determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora;

II - estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover ação própria visando a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo determinado.

Parágrafo único. Será dispensada a determinação a que se refere o inciso I do caput quando comprovado que o impetrado deixou de atender, em mandado de injunção anterior, ao prazo estabelecido para a edição da norma.

Art. 9o  A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até o advento da norma regulamentadora.

§ 1o  Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, quando isso for inerente ou indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração.

§ 2o  Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser estendidos aos casos análogos por decisão monocrática do relator.

§ 3o  O indeferimento do pedido por insuficiência de prova não impede a renovação da impetração fundada em outros elementos probatórios.

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