O paciente M.R.S., masculino, 58 anos, encontra-se internado em unidade hospitalar há 15 dias após um traumatismo cranioencefálico decorrente de acidente automobilístico. Durante seu quadro de recuperação, foi solicitado acompanhamento fonoaudiológico para avaliação auditiva, considerando que familiares relataram dificuldade de resposta às solicitações verbais desde a internação. O paciente apresenta nível de consciência rebaixado, permanecendo em leito, responsivo apenas a estímulos simples, mas não interagindo de forma consistente por meio da fala. Na avaliação do comportamento auditivo em leito, observou-se que o paciente não reagiu a estímulos de intensidade fraca, mas apresentou discreto movimento de cabeça e alteração no padrão de respiração diante de estímulos sonoros fortes e agudos, como palmas e sinos próximos à orelha, sugerindo preservação parcial da percepção de sons mais intensos. No exame instrumental, as Otoemissões Acústicas (EOA) revelaram respostas presentes bilateralmente, indicando integridade coclear, sobretudo da função das células ciliadas externas. Em contrapartida, o exame de BERA (Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico) apresentou respostas ausentes em níveis de