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Alguém no grupo teria algo (livro, etc.) sobre o tema: "Circunstâncias judiciais e suas implicações na pena-base".

Direito Penal

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Felipe Nunes

Art. 59 do CP, circunstâncias judiciais, são também conhecidas como circunstâncias inominadas, uma vez não elencadas pelas lei, que apenas fornece parâmetros para sua identificação. Ficam a cargo da análise discricionária do juiz, diante de determinado agente e das características do caso concreto. Justamente pelo fato de a lei penal reservar ao juiz um considerável arbítrio na valorização das circunstâncias é que se faz necessário fundamentar a fixação da pena-base, lembrando que o juiz deve sempre iniciar a aplicação pela pena mínima, podendo aumentar somente com fundamentação.

As circunstâncias judiciais são:

  • Culpabilidade: refere-se ao grau de reprovabilidade da conduta, de acordo com as condições pessoais do agente e das características do crime.
  • Antecedentes: são os fatos bons ou maus da vida pregressa do autor do crime, a “reincidência” constitui agravante genérico, aplicado na segunda fase da fixação da pena deixa de gerar efeitos após 5 (cinco) anos do termino do cumprimento da pena, passando tal condenação a ser considerada apenas para fim de conhecimento de maus antecedentes, a doutrina vem entendendo, também, que a existência de várias absolvições por falta de provas ou inúmeros inquéritos policiais arquivados constituem maus antecedentes.
  • Conduta Social: refere-se ao comportamento do agente em relação às suas atividades profissionais, relacionamento familiar e social etc.; na prática, as autoridades limitam-se a elaborar um questionário, respondido pelo próprio acusado, no qual este informa detalhes acerca de sua vida social, familiar e profissional, tal questionário, entretanto, é de pouco valia.
  • Personalidade: o juiz deve analisar o temperamento e o caráter do acusado, levando ainda em conta a sua periculosidade.
  • Motivos do Crime: os fatores que levaram o agente a cometê-los, se o motivo do crime constituir qualificadora, causa de aumento ou diminuição de pena ou, ainda, agravante ou atenuante genérica, não poderá ser considerado como circunstância judicial “bis in idem”.
  • Circunstância do Crime: refere-se à maior ou menor gravidade do delito em razão do “modus operandi” no que diz respeito ao instrumento do crime, tempo de sua duração, forma de abordagem, objeto material, local da infração etc.
  • Consequência do Crime: refere-se à maior ou menor intensidade da leão produzida no bem jurídico em decorrência da infração penal – exs: gravidade da “lesão corporal culposa”; pagamento do resgate na “extorsão mediante sequestro”.
  • Comportamento da Vítima: se fica demonstrado que o comportamento anterior da vítima de alguma forma estimulou a prática do crime ou, de alguma maneira, influenciou negativamente o agente, a sua pena deverá ser abrandada.

Fonte: https://thiagocarvalho93.jusbrasil.com.br/artigos/147062242/dosimetria-da-pena

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