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Leia o texto a seguir: “Anslinger [encarregado de aplicar a proibição do álcool em 1920 e que depois virou comissário do escritório federal de narcóticos - FBN, nos E.U.A.] começou sua campanha de maneira certa: com a ajuda da imprensa. Ele levou o frankenstein para as redações dos jornais e passou a descolar reportagens sobre o novo mal que estava invadindo os Estados Unidos, a maconha: uma droga mortal, bem pior que a heroína, que transformava homens em monstros, fazia meninas se matarem à primeira tragada ou, Deus nos livre, se entregarem aos caprichos dos homens de cor. Os jornais acharam que publicar aquelas reportagens era algo bom a fazer, porque assim as crianças ficariam com medo e não chegariam perto do monstro – durante todo o século XX, a mídia teve essa atitude. Rapidamente os donos de jornal perceberam que o tema vendia como cerveja gelada em bloco de carnaval. Como já foi dito, é da natureza humana usar substâncias que afetam a mente, assim como ter tabus relacionados a elas. Tabus mexem com as pessoas – somos morbidamente fascinados por esses temas. À medida que as reportagens geravam furor, os jornais subiam o tom, o que gerava mais furor. O pânico foi se instalando”. (BURGIERMAN. D, R. O Fim da Guerra. 1ª ed. São Paulo: Editora Leya, 2011, p. 33). Com base no texto anterior, é possível identificar algumas características do proibicionismo das drogas. São característicos do proibicionismo, EXCETO: Opção A O recurso aos pânicos morais. Opção B A seletividade penal. Opção C O recurso ao senso comum. Opção D A influência de critérios médico-científicos. Opção E A criação de “bodes expiatórios”.
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Para responder à sua pergunta, vamos analisar cada uma das opções em relação ao contexto do proibicionismo das drogas apresentado no texto. A) O recurso aos pânicos morais - O texto menciona que a mídia gerou pânico em relação à maconha, o que é uma característica do proibicionismo. B) A seletividade penal - Embora o texto não mencione diretamente, a seletividade penal é uma característica comum do proibicionismo, onde certos grupos são mais penalizados. C) O recurso ao senso comum - O texto sugere que a mídia e a sociedade reagiram com base em percepções e medos, o que se alinha ao uso do senso comum. D) A influência de critérios médico-científicos - O texto não menciona a influência de critérios médico-científicos, mas sim uma abordagem sensacionalista e moralista. Essa opção parece ser a que menos se encaixa nas características do proibicionismo. E) A criação de “bodes expiatórios” - O texto sugere que a maconha e seus usuários foram demonizados, o que se relaciona à criação de bodes expiatórios. Portanto, a opção que não é característica do proibicionismo, de acordo com o texto, é: D) A influência de critérios médico-científicos.

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