A administração pública burocrática foi adotada para substituir a administração patrimonialista, que definiu as monarquias absolutas, na qual o patrimônio público e o privado eram confundidos. Nesse tipo de administração o Estado era entendido como propriedade do rei. O nepotismo e o empreguismo, senão a corrupção, eram a norma. Esse tipo de administração revelar-se-á incompatível com o capitalismo industrial e as democracias parlamentares, que surgem no século XIX. É essencial para o capitalismo a clara separação entre o Estado e o mercado; a democracia só pode existir quando a sociedade civil, formada por cidadãos, distingue-se do Estado ao mesmo tempo em que o controla. Tornou-se assim necessário desenvolver um tipo de administração que partisse não apenas da clara distinção entre o público e o privado, mas também da separação entre o político e o administrador público. Surge assim a administração burocrática moderna, racional-legal.



PEREIRA, Luiz Carlos Bresser. Da administração pública burocrática à gerencial. Revista do Serviço Público, 47(1) janeiro-abril 1996.



A partir do texto acima, assinale a opção correta.

Escolha uma opção:

a.
As práticas democráticas, tão constantes na gestão patrimonialista permaneceu na forma de gestão pública.


b.
A administração pública burocrática permaneceu com os mesmos traços da administração pública patrimonialista, especialmente a manutenção das práticas pouco democráticas.


c.
As práticas do patrimonialismo são incompatíveis com as práticas democráticas.


d.
A mudança na forma de gerenciar o Estado perpassou pela necessidade de modernização da administração pública, bem como pela possibilidade de maior controle social das atividades estatais.


e.
A gestão pública patriminialista tinha como objetivo retirar das práticas estatais o clientelismo e nepotismo.