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A inserção da Psicologia nas políticas públicas tem exigido uma ressignificação da prática profissional. De acordo com Santos e Dimenstein (2021), a atuação do psicólogo nesse campo não pode se limitar a técnicas clínicas, mas deve considerar os direitos humanos, os determinantes sociais da saúde e os princípios da equidade e justiça social. Nesse contexto, o trabalho do psicólogo assume uma dimensão política e ética, centrada na escuta sensível das demandas coletivas e no compromisso com a transformação das condições de vida dos sujeitos. A escuta deve ser contextualizada, atenta às relações de poder que atravessam os territórios e às interseccionalidades de raça, classe, gênero e sexualidade. A atuação nas políticas públicas exige também articulação com redes de cuidado, construção de vínculos com a comunidade, valorização dos saberes populares e defesa do acesso universal aos direitos. Trata-se de uma Psicologia comprometida com a cidadania, com a dignidade humana e com a produção de novos sentidos para o sofrimento. Com base na atuação da Psicologia nas políticas públicas, qual das condutas a seguir está de acordo com os princípios éticos e políticos dessa prática? Escolha uma: a. Priorizar a escuta individual, evitando envolver o psicólogo com aspectos sociais ou coletivos que ultrapassem sua função técnica. b. Focar na adaptação dos sujeitos aos contextos adversos, sem interferir nos fatores estruturais que produzem sofrimento. c. Reforçar a hierarquização dos saberes técnicos sobre os saberes populares para garantir o rigor científico das intervenções. d. Manter a neutralidade diante de situações de desigualdade, evitando comprometer a imagem profissional com questões políticas. e. Atuar em rede, promovendo o diálogo com diferentes atores sociais e construindo ações comprometidas com a garantia de direitos.
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Juliana Gomes

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Respostas

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Vamos analisar cada uma das alternativas à luz do que foi apresentado sobre a atuação do psicólogo nas políticas públicas, conforme os princípios éticos e políticos mencionados. a) Priorizar a escuta individual, evitando envolver o psicólogo com aspectos sociais ou coletivos que ultrapassem sua função técnica. - Esta opção vai contra a ideia de que a atuação do psicólogo deve considerar os determinantes sociais e as demandas coletivas. b) Focar na adaptação dos sujeitos aos contextos adversos, sem interferir nos fatores estruturais que produzem sofrimento. - Essa abordagem ignora a necessidade de transformação das condições de vida e a análise dos fatores estruturais que geram sofrimento. c) Reforçar a hierarquização dos saberes técnicos sobre os saberes populares para garantir o rigor científico das intervenções. - Essa opção desconsidera a valorização dos saberes populares e a construção de vínculos com a comunidade. d) Manter a neutralidade diante de situações de desigualdade, evitando comprometer a imagem profissional com questões políticas. - A neutralidade não é compatível com a atuação política e ética que a Psicologia deve ter nas políticas públicas. e) Atuar em rede, promovendo o diálogo com diferentes atores sociais e construindo ações comprometidas com a garantia de direitos. - Esta opção está alinhada com os princípios de escuta sensível, articulação com redes de cuidado e compromisso com a transformação social. Portanto, a alternativa correta é: e. Atuar em rede, promovendo o diálogo com diferentes atores sociais e construindo ações comprometidas com a garantia de direitos.

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