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Filosofia do Direito

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O Positivismo Jurídico foi elaborado a partir do século XIX a partir de duas grandes correntes teóricas: a Escola Exegética e a Escola Histórica. A Escola Histórica, desenvolvida pelo pensamento alemão, tem como característica fundamental a rejeição à concepção de que o Estado é a única fonte de normas jurídicas, considerando a cultura de um povo o elemento vivo que move a dinâmica produção do Direito.
Sobre o exposto, analise as sentenças a seguir:
I- A Escola Histórica do Direito é uma das vertentes do pensamento jurídico moderno que, de forma distinta ao pensamento Exegético, entende que há uma fonte do Direito para além do Estado que é a tradição, ou o "espírito cultural", de uma sociedade que condiciona a produção do Direito.
II- Escola Histórica de Direito e Positivismo Jurídico são sinônimos e significam a mesma coisa, qual seja, a de que o Direito nasce exclusivamente da positivação feita pelo legislador histórico.
III- Para a Escola Histórica do Direito, o Estado e sua forma legislativa não é a única fonte de Direito, uma vez que a idéia de justiça de uma sociedade nasce do processo de evolução história de um povo.
IV- Como Direito e História são expressões da cultura de um povo, a Escola Histórica de Direito defende que todo jurista deve ser um historiador da lei.
A As sentenças I e II estão corretas.
B As sentenças II, III e IV estão corretas.
C As sentenças I e IV estão corretas.
D As sentenças I e III estão corretas.
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Fundamentos Filosóficos do Direito (AO1)
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Fundamentos Filosóficos do Direito (AO1)

Respostas

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há 2 meses

Vamos analisar cada uma das sentenças: I- A Escola Histórica do Direito é uma das vertentes do pensamento jurídico moderno que, de forma distinta ao pensamento Exegético, entende que há uma fonte do Direito para além do Estado que é a tradição, ou o "espírito cultural", de uma sociedade que condiciona a produção do Direito. Verdadeira, essa afirmativa está correta, pois reflete a ideia central da Escola Histórica. II- Escola Histórica de Direito e Positivismo Jurídico são sinônimos e significam a mesma coisa, qual seja, a de que o Direito nasce exclusivamente da positivação feita pelo legislador histórico. Falsa, essa afirmativa é incorreta, pois a Escola Histórica não é sinônimo de Positivismo Jurídico e não defende que o Direito nasce exclusivamente do legislador. III- Para a Escola Histórica do Direito, o Estado e sua forma legislativa não é a única fonte de Direito, uma vez que a ideia de justiça de uma sociedade nasce do processo de evolução histórica de um povo. Verdadeira, essa afirmativa está correta e reflete a visão da Escola Histórica. IV- Como Direito e História são expressões da cultura de um povo, a Escola Histórica de Direito defende que todo jurista deve ser um historiador da lei. Verdadeira, essa afirmativa também está correta, pois a Escola Histórica enfatiza a importância do contexto histórico na compreensão do Direito. Agora, vamos ver quais alternativas contêm as sentenças verdadeiras: - A: As sentenças I e II estão corretas. (Falsa, pois II é falsa) - B: As sentenças II, III e IV estão corretas. (Falsa, pois II é falsa) - C: As sentenças I e IV estão corretas. (Verdadeira, ambas são corretas) - D: As sentenças I e III estão corretas. (Verdadeira, ambas são corretas) As alternativas C e D estão corretas, mas como a questão pede a alternativa que contém todas as sentenças verdadeiras, a melhor escolha é a alternativa D, que inclui as sentenças I e III. Portanto, a alternativa correta é: D) As sentenças I e III estão corretas.

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Um dos conceitos basilares do Direito Moderno é o chamado "pensamento exegético" elaborado na França napoleônica do século XIX, que acabou por "sacralizar" o Direito Estatal. A crença do sentido único da letra da lei e necessidade de total submissão do jurista aos Códigos. Tal concepção é fundada no princípio da "onipotência do legislador", que vem sendo absorvido e reproduzido pelo Direito desde então.
Acerca do referido princípio, assinale a alternativa CORRETA:
A O pensamento hermenêutico compreendido somente à luz do direito escrito.
B Pressuposição dos códigos como instrumento incapaz de garantir a certeza das relações sociais e a consequente manutenção da segurança jurídica.
C A pressuposição da vontade do povo sendo escrita em códigos.
D A interpretação e aplicação da lei com base na intenção do legislador, que compreende o texto da lei como expressão da mens legislatoris.

Na obra "O Positivismo Jurídico - Lições de filosofia do Direito", o jusfilósofo Norberto Bobbio afirma que uma das características fundamentais da Escola da Exegese é defender uma concepção rigidamente estatal de direito que tem como uma das consequências o princípio da onipotência do legislador.
Sobre o que tal entendimento nos leva a concluir, assinale a alternativa CORRETA:
A A lei deve ser interpretada segundo à razão expressa na própria lei.
B O legislador é onipotente porque, segundo o Direito Natural, todo poder político e jurídico deve ser exercido pelos ditames da lei e da ordem.
C Uma vez promulgada pelo legislador cabe ao estado-juiz interpretar a lei segundo suas próprias convicções e finalidades sociais legítimas.
D O legislador é a única fonte legítima para aplicar o direito.

Em culturas e momentos históricos distintos, encontra-se o desenvolvimento de preocupações e reflexões acerca da compreensão dos fenômenos e realidade circundante. Entretanto, o que atualmente chamamos de "filosofia" desde o marco da tradição tem sua origem na antiga Grécia, entre os séculos VII e VI a.C.
Sobre o exposto, analise as sentenças a seguir:
I- É correto afirmar que a Filosofia surge quando, alguns pensadores gregos, descobriram através da reflexão que a verdade e essência da realidade não era algo misterioso e/ou secreto que devesse ser revelado pelas divindades, mas que poderia ser conhecida pela razão.
II- Atribui-se ao filósofo grego Pitágoras de Samos, que viveu no século V a.C., a invenção do termo "filosofia".
III- Pitágoras de Samos, importante sacerdote grego, afirmava que a Filosofia é um conhecimento revelado pelos deuses e as categorias da razão humana jamais podem ter acesso por seus limites e imperfeições.
IV- Para os antigos pensadores gregos, a filosofia não era um conhecimento que se poderia adquirir no comércio, mas movidos pelo desejo de observar, contemplar, julgar e avaliar as ações e a própria vida, todo ser humano, com sua própria razão, poderia tornar-se filósofo.
A As sentenças II e IV estão corretas.
B As sentenças III e IV estão corretas.
C As sentenças I e IV estão corretas.
D As sentenças I, II e III estão corretas.

A Filosofia medieval (entre os séculos V ao XIV/XV) é a etapa histórica em que a Filosofia se torna "serva da Teologia", uma vez que ocorre uma indissociável relação entre Filosofia e Teologia, com o advento do cristianismo que buscou aproximar conceitos de "criação, redenção, fé e pecado" dos conceitos da filosofia grega.
Assinale a alternativa CORRETA que apresenta os filósofos cristãos deste momento histórico, que buscaram harmonizar a relação entre a fé e a razão:
C Aristóteles e Platão.
D Agostinho e Tomás de Aquino.
A Agostinho e Sócrates.
B Plotino e Agostinho.

Quando nos referimos a Filosofia, temos como marco histórico a tradição, ou seja, as concepções, as teorias e os métodos consolidados e transmitidos academicamente pela cultura ocidental. Isto significa que há um processo histórico na tradição filosófica ocidental ao qual se convencionou chamar de História da Filosofia formada por uma sucessão de modelos - paradigmas - elaborados, desde a cultura greco-romana.
Considerando a História da Filosofia ocidental, assinale a alternativa CORRETA:
A O paradigma grego sucedeu ao paradigma cristão.
B O paradigma medieval sucedeu ao positivismo jurídico.
C O paradigma positivista sucedeu ao pensamento jusfilosófico cristão medieval.
D O paradigma cristão precedeu a concepção romana de justiça.

Filosofar é uma atitude reflexiva que possibilita a problematização e o questionamento dos fenômenos e fatos da realidade. Enquanto ato reflexivo problematizador e questionador exige rigor metodológico, o que permite a elaboração de um saber distinto do senso comum.
Sobre o exposto, analise as sentenças a seguir:
I- Filosofar é refletir com distanciamento e tomar o próprio "eu" como objeto de reflexão.
II- A reflexão filosófica possibilita que o sujeito tome a si mesmo como objeto e, por esta razão, não é um saber científico metódico, mas contemplativo e especulativo.
III- A Filosofia não é um saber próprio dos que se conformam com as verdades estabelecidas e dogmas estabelecidos.
IV- A atitude filosófica é distinta do senso comum e mera opinião, uma vez que pretende construir um saber lógico e rigoroso.
A As sentenças I, III e IV estão corretas.
B As sentenças I e IV estão corretas.
C Somente a sentença II está correta.
D As sentenças II e IV estão corretas.

As primeiras décadas do século XXI, no campo da filosofia, foram marcadas pela revisão e descrença das tradicionais concepções teóricas. Há uma fragmentação das instituições e tendência a redefinição no modo de vida, conduzindo a uma nova forma de pensar e justificar o mundo.
Acerca das características do pensamento filosófico contemporâneo, analise as sentenças a seguir:
I- O pensamento filosófico do século XXI é marcado pelo enfraquecimento das grandes verdades legadas pela tradição medieval, considerando o ser humano como sujeito da própria história e não um ser condenado a um destino previamente determinado por Deus.
II- Contemporaneamente, o niilismo, doutrina filosófica que entende serem os valores e crenças tradicionais infundados e inúteis, permite às correntes críticas uma espécie de "desmascaramento" dos grandes dogmas filosóficos da Modernidade.
III- O pensamento filosófico contemporâneo, também chamado de "pós-moderno", se caracteriza pela consolidação dos dogmas e certezas da Modernidade, dentre as quais a crença incondicional na fé cristã como redentora e libertadora.
IV- "Pós-modernidade" é o termo cunhado pelos pensadores medievais para caracterizar o Renascimento como etapa de superação do cristianismo moderno.
A As sentenças II, III e IV estão corretas.
B As sentenças I e II estão corretas.
C As sentenças I, II e III estão corretas.
D As sentenças I e III estão corretas.

"Positivismo Jurídico" é uma expressão que designa a concepção hegemônica de Direito Moderno, elaborada desde o contexto europeu do século XIX e define o que é Direito.
Sobre o Positivismo Jurídico, assinale a alternativa CORRETA:
C Para uma melhor concepção acerca dos conceitos de positivismo jurídico, há que se afastar dos referenciais teóricos de legalidade e moralidade.
D 'Direito Positivo' é uma expressão que na atualidade significa 'Direito Posto' pelo poder político, ou seja, pelo Estado.
A Trata-se de uma corrente doutrinária que deu origem ao que vai se denominar de Positivismo Jurídico e sua principal característica é o distanciamento do legalismo.
B A expressão 'positivismo jurídico' deriva da expressão de 'positivismo' em sentido filosófico.

O trabalho de Friedrich Carl Von Savigny (1779-1861) é um importante marco na renovação da ciência jurídica alemã e representa um contraponto importante ao Positivismo francês. Savigny, em vertente distinta se opõe à ideia de que o "contrato social" é universal e não cultural. Desde aí, elabora conceitos que servirão de uma importante vertente do Positivismo Jurídico conhecida como Historicismo.
Acerca do Historicismo proposto por Savigny, assinale a alternativa CORRETA:
A Deixou de repudiar a filosofia racionalista, defendendo um referencial teórico a partir da lógica do positivismo.
B Intencionava buscar as raízes do direito presente a partir da historicidade, na prática, compreendeu os conceitos abstratos e idealizados pelo direito, já que a construção da história jurídica que foi objeto de análise não discute a validade e a natureza da ordem jurídica.
C Defendeu a compreensão vigente de que o direito era "parte individualizada da vida do povo", e por isso, era legítima sua imposição.
D Defendeu a coerência no sistema codificado, isto porque, assim o jurista não criaria um direito de maneira arbitrária, mas identificaria a necessidade do povo dentro de uma lógica fundada na neutralidade de sua vontade, atendo-se tão somente a legitimar uma ordem jurídica fundada na racionalidade.

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