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No Brasil, a vertente modernizadora do Serviço Social, orientando-se pelo desenvolvimentismo, se fundamenta teoricamente no estrutural-funcionalismo e se preocupa em repassar os programas governamentais para as populações, sem uma crítica à ordem vigente.
Pauta-se, portanto, pela perspectiva de
escolha de estratégias políticas que efetivem o discurso da necessidade de formar pessoas com competência para promover uma transformação social, situando-as como sujeitos de direitos.
reconhecimento dos conhecimentos e valores que compõem o repertório pessoal do indivíduo para que a partir da integração com o conhecimento acadêmico seja alcançada a emancipação.
construção de uma nova ordem societária, através de uma organização, que se gesta no interior do Serviço Social, em consonância com a efervescência dos movimentos populares e sindicais que apontam para a ruptura.
ruptura da visão moralista da pobreza, através da adoção de práticas pedagógicas e sociais que promovam de fato a inclusão social e a garantia dos direitos sociais.
manutenção do social estabelecido, em que o desenvolvimento significa superação do atraso, modernização.
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A vertente modernizadora do Serviço Social no Brasil, orientada pelo desenvolvimentismo, realmente se fundamenta no estrutural-funcionalismo e busca repassar programas governamentais sem uma crítica à ordem vigente. Essa abordagem enfatiza a formação de indivíduos como sujeitos de direitos, reconhecendo seus conhecimentos e valores pessoais, e promovendo a emancipação através da integração com o conhecimento acadêmico. Além disso, busca construir uma nova ordem societária em consonância com movimentos populares e sindicais, promovendo a inclusão social e a garantia dos direitos sociais, ao mesmo tempo que pode manter uma visão de desenvolvimento que se alinha à modernização e superação do atraso.

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O Serviço Social, como profissão, se desenvolveu ao longo das décadas buscando legitimá-lo, o que ocorreu por muitos meios, ações, desafios, conquistas e legislações.
Quais foram as características da influência norte-americana sobre o Serviço Social, na fase de institucionalização da profissão?
O desenvolvimento do capitalismo foi um movimento que atingiu o mundo inteiro, capitaneado pelos EUA, que além de se tornar uma grande potência econômica e política, tornou-se também uma forte referência no campo cultural, influenciando modelos de políticas sociais e da produção teórica e metodológica do Serviço Social naquela fase.
O capitalismo se desenvolveu atingindo de diferentes maneiras os países pelo mundo, capitaneados pelos EUA, fundamentalmente nos campos econômicos e políticos, não apresentando influências significativas no Serviço Social, que se encontrava alheio a estes acontecimentos, na fase de sua profissionalização.
A influência norte-americana sobre o Serviço Social em sua fase de profissionalização resume-se ao aspecto formativo, com a importação de diretoras de escolas americanas para implantação do currículo de formação brasileiro em Serviço Social.
A influência norte-americana sobre o Serviço Social em sua fase de profissionalização foi incipiente, pouco representativa da processualidade que envolveu a institucionalização do Serviço Social no Brasil.
A Igreja Católica norte-americana teve um papel fundamental na difusão do ideário do modo de produção capitalista, fato que incidiu diretamente sobre a formação dos assistentes sociais brasileiros, decorrente da influência presente nos centros de formação.

Uma questão amplamente divulgada pela literatura em Serviço Social é a ruptura do Serviço Social com o viés católico do fazer profissional do Assistente Social encaminhando um outro tipo de prática, dotada de conceitos técnicos e científicos.
O que marca a diferença na atuação profissional em Serviço Social entre a lógica burguesa e a lógica católica?
Na lógica burguesa impera a meritocracia pelo trabalho e na lógica católica a questão social é tratada como fatalidade.
Na lógica burguesa a questão social é tratada como atraso a ser superado e na lógica católica como mazela produzida pelo modo de produção capitalista.
Em ambas as lógicas, a questão social decorre da falta de empenho pessoal para o trabalho.
Na lógica católica a polarização se dá entre abençoados pela fortuna e os desassistidos, ao passo que na lógica burguesa a contradição se dá entre dominantes e dominados.
Tanto na lógica católica quanto na lógica burguesa a questão social se refere exclusivamente à marginalidade.

O Serviço Social tem várias teorias construídas ao longo de sua existência e uma delas é O Serviço Social de Caso ou "Casework". As autoras de destaque desta teoria são Mary Richmond, Gordon Hamilton e Porter Lee.
O Serviço Social de Caso caracterizava-se:
por empreender ações profissionais individualizadas, de cunho apostolar e católico, fundamentalmente.
pela prática de diálogo com o usuário do Serviço Social fundamentada em autoajuda e aconselhamento de bases religiosas.
por preocupar-se com a personalidade do cliente, com as mudanças individuais, com a perspectiva de ajustamento do ser social ao sistema vigente. Além disso, possuía forte caráter psicossocial com bases de apoio na sociologia norte-americana.
por preocupar-se com a emancipação humana e integração do ser social ao meio, sorvendo apoio teórico da sociologia.
por investir na análise dos fenômenos sociais e econômicos que geravam os problemas sociais, que assolavam aos usuários do Serviço Social.

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