Em ambientes produtivos complexos, a aplicação dos custos indiretos de produção (CIP) com base em taxas predeterminadas representa uma solução técnica para garantir que os produtos recebam, de forma proporcional, uma parcela dos recursos que não são diretamente mensuráveis por unidade. O método, apesar de amplamente utilizado, exige atenção constante da gestão, pois está sujeito a distorções quando há diferenças significativas entre o volume estimado de atividade e o volume efetivamente realizado. Esse descompasso gera variações que precisam ser analisadas criticamente, pois impactam o custo final dos produtos, o resultado contábil do período e a tomada de decisões estratégicas. Caso o volume de produção real seja menor que o estimado, a parcela de custos apropriada aos produtos pode ficar aquém da necessária, e parte dos custos indiretos permanecerá fora do custo dos estoques. Nessas situações, a variação entre custo aplicado e custo real precisa ser ajustada no encerramento contábil, exigindo interpretação cuidadosa por parte do gestor. Considerando a aplicação dos custos indiretos de produção com base em taxa predeterminada, é correto afirmar que ao final do período, se os custos indiretos aplicados forem superiores aos custos reais, há variação de volume desfavorável. se a taxa predeterminada de aplicação for ajustada no início do mês, o controle do CIP torna-se desnecessário no encerramento. a diferença entre os custos aplicados e reais não afeta os relatórios gerenciais, pois se trata de mero ajuste contábil. as variações entre o custo aplicado e o custo real não influenciam o valor dos estoques registrados no balanço. quando o volume real de produção é inferior ao estimado, a aplicação dos custos será menor que os custos reais incorridos.