Para responder à sua pergunta sobre a Escola dos Annales e o papel do historiador, vamos analisar as alternativas apresentadas. 1. A produção da história não se dá ao acaso; ela é filha de pressupostos estabelecidos pelo historiador ao fazer a pesquisa e é também filha das discussões da época em que ela é produzida. - Esta afirmação está alinhada com a perspectiva da Escola dos Annales, que enfatiza a importância do contexto e dos pressupostos do historiador na produção da história. 2. Os pressupostos do historiador não são relevantes para a pesquisa histórica, na medida que o que o historiador faz é mostrar como as coisas aconteceram e apenas isso. - Esta afirmação contraria a abordagem da Escola dos Annales, que valoriza a subjetividade e os pressupostos do historiador. 3. A produção da história deve ser feita com o máximo de rigor metodológico para que o historiador possa conseguir retirar aos dados históricos o que aconteceu de verdade. - Embora o rigor metodológico seja importante, a Escola dos Annales também valoriza a interpretação e o contexto, não se limitando apenas ao "o que aconteceu". 4. O historiador, ao produzir a história, ele funciona como uma ponte entre o leitor interessado em determinado acontecimento e o acontecimento ele mesmo, por isso a visão do historiador deve ser sempre neutra e imparcial. - A ideia de neutralidade e imparcialidade é contestada pela Escola dos Annales, que reconhece a influência do historiador na interpretação dos eventos. 5. Para uma história ser produzida com o máximo de rigor, é preciso que ela supere suas relações com seu tempo. - Esta afirmação não é compatível com a abordagem da Escola dos Annales, que considera que a história é influenciada pelo contexto temporal. Diante dessa análise, a alternativa correta é: A produção da história não se dá ao acaso; ela é filha de pressupostos estabelecidos pelo historiador ao fazer a pesquisa e é também filha das discussões da época em que ela é produzida.