A microeconomia, enquanto campo analítico distintivo, surgiu formalmente com a Revolução Marginalista (Jevons, Menger e Walras) na segunda metade do século XIX, que introduziu conceitos como utilidade marginal e equilíbrio de mercado. No entanto, suas raízes conceituais estão profundamente ligadas à Escola Clássica (séculos XVIII-XIX), que estabeleceu os alicerces para o estudo do comportamento individual e da alocação de recursos. Economistas clássicos como Adam Smith, com sua ênfase no autointeresse e na "mão invisível"; David Ricardo, com a teoria dos custos comparativos e a renda da terra; e John Stuart Mill, com análises de oferta e demanda e elasticidade, desenvolveram insights fundamentais sobre formação de preços, produção, distribuição e eficiência de mercado. Essas contribuições, embora frequentemente inseridas em macroeconomias mais amplas, forneceram a base para a construção posterior da microeconomia moderna, destacando a continuidade e a evolução do pensamento econômico. Um estudante de economia está analisando as origens do pensamento microeconômico e sua relação com a Escola Clássica. Embora a microeconomia moderna tenha se consolidado no século XX com o marginalismo, suas bases foram influenciadas por teóricos clássicos. Considerando as contribuições da Escola Clássica para a microeconomia, assinale a alternativa correta. A. Adam Smith, em A riqueza das nações, introduziu o conceito de utilidade marginal para explicar a formação de preços de bens. B. David Ricardo desenvolveu a teoria das vantagens comparativas, que é um pilar microeconômico para a análise de escolhas de produção e comércio entre agentes. C. Thomas Malthus focou exclusivamente em variáveis macroeconômicas, como crescimento populacional, sem impactos para teorias microeconômicas. D. A Escola Clássica ignorou o papel dos mercados na alocação de recursos, priorizando a intervenção estatal na determinação de preços. E. Os clássicos rejeitaram a ideia de valor-trabalho, posteriormente substituída pela teoria do valor-u