Cidades inteligentes buscam integrar tecnologias avançadas para otimizar a gestão de recursos e melhorar a qualidade de vida. No contexto da mobilidade urbana e segurança pública, a implementação de soluções baseadas em Inteligência Artificial (IA) tem se mostrado promissora. Sistemas de monitoramento de tráfego com IA podem analisar padrões de fluxo veicular para ajustar semáforos em tempo real, enquanto algoritmos de visão computacional auxiliam na identificação de situações de risco em áreas públicas. A eficácia dessas soluções, contudo, depende criticamente da qualidade, privacidade e segurança dos dados coletados, bem como da governança da informação. A coleta massiva de dados de cidadãos, por exemplo, exige políticas claras de uso e armazenamento para evitar violações de privacidade. Além disso, a presença de viés algorítmico, inerente aos dados de treinamento, pode levar a decisões discriminatórias ou ineficazes, impactando a equidade e a confiança da população. A infraestrutura tecnológica para cidades inteligentes deve, portanto, considerar não apenas a capacidade de processamento e conectividade, mas também estratégias robustas para mitigar vieses e garantir a transparência e a