A pesquisa neurocientífica, desde suas raízes históricas com as primeiras observações anatômicas e funcionais do sistema nervoso, tem evoluído exponencialmente, impulsionada por avanços tecnológicos e uma crescente compreensão da complexidade cerebral. Inicialmente, as investigações dependiam de métodos rudimentares, como a observação de lesões e seus impactos comportamentais, ou técnicas eletrofisiológicas básicas. Com o tempo, a introdução de neuroimagem funcional (fMRI, PET), eletroencefalografia de alta densidade (EEG), técnicas de estimulação cerebral não invasiva (TMS, tDCS) e abordagens genéticas e moleculares revolucionou a capacidade de explorar as estruturas e funções das diferentes partes do cérebro, a organização do sistema nervoso central e periférico, e os processos neurobiológicos subjacentes a fenômenos complexos como emoções, aprendizado e memória. Contudo, essa expansão metodológica não vem sem desafios. A natureza intrincada do cérebro humano, com sua vasta rede de conexões e a variabilidade individual, exige que as metodologias empregadas sejam rigorosamente avaliadas para garantir a validade e a confiabilidade dos achados. Questões como a inferência de causalidade a partir de correlações, a generalização de resultados obtidos em populações específicas ou modelos animais, e a interpretação de dados complexos de neuroimagem, demandam uma análise crítica constante. A neurociência contemporânea, com suas aplicações na educação, saúde e tecnologia, depende intrinsecamente da solidez de suas abordagens para gerar conhecimento aplicável e impactante, promovendo a saúde mental e o bem-estar. Considerando a evolução e os desafios inerentes à pesquisa neurocientífica contemporânea, avalie a relevância da rigorosa aplicação de metodologias e assinale a alternativa que descreve um critério fundamental para a validação crítica de estudos sobre as funções cerebrais e suas implicações.