Engraçado! Isso é uma pegadinha muito comum, vou fazer uma pergunta mais interessante ainda: uma menina de 9 anos pode celebrar um contrato de compra e venda? A resposta é sim, pode uma vez que certos tipos de contrato de compra e venda não exige celeridade como é o caso do contrato instantâneo, ou seja, comprar uma bala ou um chocolate num mercadinho qualquer não exige qu o agente seja capaz conforme art. 104, I, CC/02. No caso supracitado a resposta é sim, pode, pois certos tipos de contratos não exigem capacidade total ou genérica das partes.
Há, quanto as formalidades, duas formas de contrato, são eles:
Segundo Carlos Roberto Gonçalves:
Contratos Solenes são aqueles que devem obedecer à forma prescrita em lei para se aperfeiçoar. Quando a forma é exigida como condição de validade do negócio, este é solene e a formalidade é ad solemnitatem, isto é, constitui a substância do ato (escritura pública na alienação de imóveis, pacto antenupcial, testamento público, etc.). Não observada, o contrato é nulo (CC, art. 166, IV). Quando a formalidade é exigida não comoo condição de validade, mas apenas para facilitar a prova do negócio, diz-se que ela é ad probationem tanum.
Contratos Não Solenes são os de forma livre. Basta o consentimento para a sua formação. Como a lei não reclama nenhuma formalidade para o seu aperfeiçoamento, podem ser celebrados por qualquer forma, ou seja, por escrito particular ou verbalmente. Em regra, os contratos têm forma livre, salvo expressas exceções. Podem ser mencionados como exemplos, dentre inúmeros outros, os contratos de locação e os de comodato. Dispõe, com efeito, o art. 107 do Código Civil: "A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir."
Fonte: http://www.perguntedireito.com.br/4914/quais-as-diferencas-entre-contratos-solenes-e-nao-solenes
Mas, se a coisa for um contrato maior, como é o caso de compra e venda de imóvel etc. Ela pode sim, pois ela está viva e possui capacidade mental para tanto a sucessão dos seus bens ocorre com a sua morte ou por lei, transmissão da sua herança, conforme art. 1.786 do CC/02.
Vale ressaltar o que diz o art. art. 426 do Código Civil:
“Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva”.
Nesse caso entendo que o futuro herdeiro não pode negociar a sua futura herança.
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Direito Civil e Direito Processual Civil
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