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Em 1º de julho de 2021 foi sancionada a Lei nº 14.181 que altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor), e a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso), para aperfeiçoar a disciplina do crédito ao consumidor e dispor sobre a prevenção e o tratamento do superendividamento. Considerando que a ordem econômica “tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social” (Art. 170 da CF), a Lei 14.181/2021 contribui com a evolução do mercado de crédito, bancário e financeiro para o paradigma do crédito responsável e reforça a boa-fé que deve guiar as relações de consumo, valorizando o microssistema do CDC e a retomada da economia com mais dignidade para os consumidores. Devolve-se ao superendividado a possibilidade de gerir seu patrimônio e a dignidade de saldar as dívidas para reingressar no mercado de consumo, beneficiando a todos. Diferentemente do instituto da insolvência civil regulado pelos artigos 748 a 786-A do Código de Processo Civil de 1973, que retira do devedor o direito de administrar os seus bens até a liquidação total da massa (CPC/1973, art. 752), o tratamento do superendividamento previsto no PL 3515/2015 preserva o mínimo existencial e promove o pagamento das dívidas mediante um plano de recuperação adequado à pessoa natural que permanecerá na gestão e administração dos seus bens. Sobre a prevenção e tratamento do superendividamento, fixados pela Lei nº 14.181/2021, qual alternativa se mostra correta? Escolha uma: a. A boa-fé do consumidor não é relevante ao superendividamento, bastando a verificação objetiva de sua insolvência. b. A política se destina ao consumidor pessoa natural de boa-fé, excluído o consumidor pessoa jurídica. c. O objetivo dessa política é a redução da inadimplência dos consumidores e garantia de pagamento aos fornecedores. d. São incluídas no plano de repactuação todas as dívidas, de quaisquer tipos, do consumidor decorrentes de relação de consumo. e. A política apenas incide após consolidado o
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Vanessa Fernanda

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Vamos analisar as alternativas uma a uma, considerando o que a Lei nº 14.181/2021 estabelece sobre a prevenção e tratamento do superendividamento. a) A boa-fé do consumidor não é relevante ao superendividamento, bastando a verificação objetiva de sua insolvência. - Esta alternativa está incorreta, pois a boa-fé é um princípio importante nas relações de consumo e no tratamento do superendividamento. b) A política se destina ao consumidor pessoa natural de boa-fé, excluído o consumidor pessoa jurídica. - Esta alternativa está correta, pois a lei realmente se aplica ao consumidor pessoa natural e enfatiza a boa-fé. c) O objetivo dessa política é a redução da inadimplência dos consumidores e garantia de pagamento aos fornecedores. - Embora a redução da inadimplência seja um objetivo, a lei foca mais na proteção do consumidor superendividado do que na garantia de pagamento aos fornecedores. d) São incluídas no plano de repactuação todas as dívidas, de quaisquer tipos, do consumidor decorrentes de relação de consumo. - Esta alternativa não é totalmente correta, pois existem algumas exceções e não todas as dívidas são incluídas. e) A política apenas incide após consolidado o superendividamento. - Esta alternativa não é precisa, pois a política visa prevenir o superendividamento, não apenas tratá-lo após sua consolidação. Diante da análise, a alternativa correta é: b) A política se destina ao consumidor pessoa natural de boa-fé, excluído o consumidor pessoa jurídica.

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