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Segundo George Burdeau, o poder constituinte é inicial, autonônomo e incondicionado, por ser, respectivamente, fundante da ordem jurídica, não estar limitado a nenhuma outra norma superior a ele e não estar condicionado a um modelo específico de sua manifestação. Entretanto, vertentes doutrinárias recentes já tratam de alguma limitações ao poder constituinte originário; são elas:
Limitações transcendentes: Dizem respeito a regras e normas consideradas superiores à ordem jurídica, como alguns direitos humanos básicos.
Limitações Imanentes: Refere-se á própria essencia do poder constituinte, para se fazer como tal. Na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, falava-se que o Estado que não garantisse separação de poderes não teria constituição; logo um Estado que no exercício do seu poder constituinte originário assim não o fizesse, não seria de fato constituinte de coisa alguma; do mesmo modo diria-se daqueles que usurpassem do povo a titularidade desse poder.
Limitações Heterônomas: São as limitações relacionadas a direito internacional, que não podem ser quebradas, como a soberania de um país vizinho, entre outros.
Poder inicial, autônomo e incondicionado de regulamentar uma dada sociedade política organizada mediante um documento escrito chamado Constituição.
O Poder Constituinte é aquele responsável por elaborar e modificar normas constitucionais.
Portanto, é o poder de estabelecer uma nova Constituição de um Estado ou de modificar uma já existente. É a expressão da vontade suprema do povo, social e juridicamente organizado.
É dominante na doutrina brasileira que a titularidade do Poder Constituinte concerne ao povo, pois o Estado emana da soberania popular, cujo conceito é mais amplo do que o de Nação, assim, os anseios constituintes na verdade são aspirações populares propagadas por meio de seus representantes.
Mello ensina que as “assembleias Constituintes não titularizam o Poder Constituinte. São apenas órgãos aos quais se atribui, por delegação popular, o exercício dessa magna prerrogativa”.
A Constituição Federal prevê, em seu artigo 1º, parágrafo único, que "todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição".
O povo é o titular do Poder Constituinte, mas a ele não cabe o exercício direto do mesmo, havendo uma titularidade passiva, ao qual se atribui uma vontade constituinte que é sempre executada por um pequeno grupo social.
No caso brasileiro, o poder constituinte originário fora exercido pela Assembléia Constituinte. Já o poder constituinte derivado é exercido, na esfera federal, pelo congresso nacional.
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