A teoria das lacunas vem indagar sobre a possibilidade de haver lacunas em um ordenamento jurídico.
Para Maria Helena Diniz, as lacunas constituem um problema inerente ao próprio sistema jurídico.
Para a professora, "três são as principais espécies de lacunas: Ia) normativa, quando se tiver ausência de norma sobre determinado caso; 2a) ontológica, se houver norma, mas ela não corresponder aos fatos sociais, quando, p. ex., o grande desenvolvimento das relações sociais, o progresso técnico acarretarem o ancilosamento da norma positiva; e 3a) axiológica, no caso de ausência de norma justa, ou seja, quando existe um preceito normativo, mas, se for aplicado, sua solução será insatisfatória ou injusta".
A problemática das lacunas tem dois aspectos: o primeiro se refere a sua configuração sistemática. É o problema da completude do ordenamento. O segundo refere-se à questão de, admitida a incompletude, sabermos como devem ser preenchidas as lacunas.
Desse modo, temos uma lacuna, num sistema de normas qualquer, se há fatos que não podem ser regulado pelo sistema.
As incompletudes são resolvidas mediante técnicas de integração.
“Art. 4º LINDB. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito”.
Também podem ser resolvidas por equidade, e pela jurisprudência.
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