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QUAL A DIFERENÇA ENTRE COAÇÃO E ESTADO DE PERIGO?

💡 2 Respostas

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Matheus Garcia

Julia,

Coação:

A coação, causa de invalidade (anulabilidade) do negócio jurídico, nos termos do artigo 151, consiste na AMEAÇA ou VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA dirigida contra uma das partes (ou à pessoa que lhe seja próxima ou aos seus bens).

Estado de Perigo:

Já o estado de perigo se configura quando uma pessoa, premida da necessidade de salvar-se ou a pessoa próxima, de grave perigo de dano conhecido pela outra parte, celebra um negócio assumindo uma obrigação excessivamente onerosa.

O estado de perigo exige, para sua caracterização, que a outra parte saiba do perigo de dano (dolo de aproveitamento), resultando na invalidade do negócio.

 

Em suma: Na coação a violência é causada por alguém (normalmente pela outra parte do negócio jurídico, mas pode ser por terceiro também). Já no estado de perigo, a outra parte apenas se aproveita do perigo já existente para o outro contratante, por isso se exige o dolo de aproveitamento para a sua caracterização.

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Carlos Eduardo Ferreira de Souza

Na coação, a parte do negócio jurídico (coação direta) ou teceiro por ele autorizado ou por ele sabido (coação indireta) impoe medo real de dano para a outra parte, para sua família, para pessoas que lhe importem ou para seus bens, mas lembramos que o medo deve ser real e praticável.

No estado de perigo, não é a parte do negócio jurídico que coloca a outra em necessidade de salvar a si ou a pessoa da família, mas conhece a situação e, valendo-se desse conhecimento, impõe prestação manifestamente excessiva para salvar a outra parte.

"Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.

Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação."

"Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.

Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias."

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