Com espeque no artigo 110 do CC/02, acerca da reserva mental, faça uma correlação entre o artigo suso citado e o discurso político que falseia a verdade.
Sendo breve, diria que não se aplica o disposto do art. 110 do CCB/2002 no caso de discursos políticos, nem em momento de campanha eleitoral (embora alguns candidatos registrem costumeiramente em cartório de títulos e documentos suas propostas - como forma de comprovar a originalidade de sua plataforma - apesar de eu considerar que para tanto o disposto mais próximo do pretendido pela parte seria o registro como propriedade intelectual (direito autoral) da criação destes ditos projetos apresentados em sede de candidatura) e nem mesmo em discurso político como parlamentar na tribuna, pois já é inexistente no ordenamento jurídico uma espécie contratual/obrigacional que se possa executar com exigibilidade das propostas ou discursos políticos, então não há que se falar em simulação unilateral ou reserva mental neste caso, já que a intenção declarada ou promessa política não é obrigação contratual do político que declara X elemento, mas apenas a declaração de vontade de fazer dependente de elementos terceiros a seu discurso, neste caso, especificamente, a dependência da estrutura do poder público e da governabilidade para que possa ser efetivado um discurso político.
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