A renúncia — Reputa-se renúncia o ato pelo qual se abdica, expressa ou tacitamente (6), de um direito por cujo exercício o titular, por vontade própria, deixa de exercer, à falta de interesse pessoal, econômico ou jurídico.
A renúncia constitui ato unilateral do titular do direito de cujo exercício ou fruição se abdica. Com a renúncia, suporta o renunciante o desafio da perda do direito a que fazia jus, em curso do exercício ou a em via do exercício. A renúncia independe da prévia e expressa identificação do renunciatório, pessoa, em tese, em favor de quem ela ocorre.
O fato de se renunciar a um direito não implica a premissa de que, de pronto, outrem o exerça, como se fosse o destinatário do ato, adredemente escolhido. Ao ser interpretada nos casos em que a vontade e a extensão do ato apresentarem-se turvadas, sem a correta e pacífica compreensão de que a linguagem projetou, a renúncia será encarada com limitação, sem que se permita que a vontade bordeje, agravando-a para o renunciante e ampliando-a para o renunciatório.
Seria descompassado com a justiça que se impusesse àquele que, é certo que por sua própria vontade, perdeu um direito que lhe era próprio mais ônus ou prejuízo.
Fonte: http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/files/anexos/7738-7737-1-PB.htm
Renúncia é um ato unilateral por meio do qual o titular de determinado direito abre mão de sua titularidade e exercício. Lembramos que somente serão renunciáveis os direitos disponíveis. Exemplificando, posso renunciar ao meu direito na herança (direito patrimonial), mas não posso renunciar ao meu direito à liberade de expressão (direito indisponível).
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta.
Compartilhar