No Brasil, o direito ao esquecimento possui assento constitucional e legal. É visto como uma consequência do direito à vida privada, intimidade e honra, assegurados pela CF/88 (art. 5º, X) e pelo CC/02 (art. 21).
"Art. 5º, X da CRFB. São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação".
"Art. 21 do CC. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma."
Alguns autores também afirmam que o direito ao esquecimento é uma decorrência da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF/88).
Na VI Jornada de Direito Civil do CJF/STJ, foi aprovado um enunciado defendendo a existência do direito ao esquecimento como uma expressão da dignidade da pessoa humana:
"Enunciado 531: A tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade da informação inclui o direito ao esquecimento."
O fato da lei não tratar mais especificamente sobre o direito ao esquecimento decorre de uma opção dos legisladores.
O direito ao esquecimento não conflita com as regras e princípios que emanam da CRFB/88 e com os tratados sobre direitos humanos ratificados pelo Brasil. Pelo contrário, a doutrina considera que este direito decorre da Carta Magna.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta.
Compartilhar