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Aleguem tem Classificação das normas constitucionais, de Maria Helena Dinis

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Larissa Ambuzeiro

Eu tenho, vou postar agora p vc

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jocassia

obrigada
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Juliano Brito

A CLASSIFICAÇÃO DE MARIA HELENA DINIZ
Em primorosa monografia sobre o tema, Maria Helena Diniz, baseando-se em diversas
classificações das normas constitucionais quanto à sua eficácia, apresentadas pela doutrina
(Cooley, Rui Barbosa, Caetano Azzariti, Franchini, Vezio Crisafulli, José Afonso da Silva, Pinto
Ferreira, Celso Bastos e Carlos A. Britto, Celso Antônio Bandeira de Mello), tendo por critério a
questão da intangibilidade e da produção dos efeitos concretos, classifica as normas constitucionais (segundo a sua eficácia) em: normas supereficazes ou com eficácia absoluta; normas de eficácia plena; normas com eficácia relativa restringível; normas com eficácia relativa complementável ou dependente de complementação legislativa.
■ Normas supereficazes ou com eficácia absoluta: são intangíveis, não podendo ser
emendadas. Contêm uma força paralisante total de qualquer legislação que, explícita ou
implicitamente, vier a contrariá-las. Exemplos: textos constitucionais que amparam: a) a
federação (arts. 1.º; 18; 34, VII, “c”; 46, § 1.º); b) o voto direto, secreto, universal e
periódico (art. 14); c) a separação de Poderes (art. 2.º); d) os direitos e garantias
individuais (art. 5.º, I a LXXVIII), enfim, as normas intangíveis por força dos arts. 60, § 4.º
(as chamadas cláusulas pétreas), e 34, VII, “a” e “b”.
■ Normas com eficácia plena: contêm “... todos os elementos imprescindíveis para que haja
a possibilidade da produção imediata dos efeitos previstos, já que, apesar de suscetíveis de
emenda, não requerem normação subconstitucional subsequente. Podem ser imediatamente
aplicadas. Consistem, por exemplo, nos preceitos que contenham proibições, confiram
isenções, prerrogativas e que não indiquem órgãos ou processos especiais para sua execução”.
Exemplos: arts. 1.º, parágrafo único; 14, § 2.º; 17, § 4.º; 21; 22; 37, III; 44, parágrafo único;
69; 153; 155; 156 etc.
■ Normas com eficácia relativa restringível: correspondem às normas de eficácia contida
na classificação exposta de José Afonso da Silva, com preferência para a nomenclatura
proposta por Michel Temer ( eficácia redutível ou restringível), sendo de aplicabilidade
imediata ou plena. Enquanto não sobrevier a restrição, o direito nelas contemplado será pleno.
Exemplos: arts. 5.º, VIII, XI, XII, XIII, XIV, XVI, XXIV, LX, LXI; 84, XXVI; 139; 170,
parágrafo único; 184 etc.
■ Normas com eficácia relativa complementável ou dependente de complementação
legislativa: dependem de lei complementar ou ordinária para o exercício do direito ou
benefício consagrado. “Sua possibilidade de produzir efeitos é mediata, pois, enquanto não for
promulgada aquela lei complementar ou ordinária, não produzirão efeitos positivos, mas terão
eficácia paralisante de efeitos de normas precedentes incompatíveis e impeditivas de qualquer
conduta contrária ao que estabelecerem.” Podem ser de princípio institutivo (“dependentes de
lei para dar corpo a instituições, pessoas, órgãos, nelas previstos” — exemplos: arts. 17, IV;
25, § 3.º; 43, § 1.º etc.), ou normas programáticas (programas a serem desenvolvidos
mediante lei infraconstitucional — exemplos: arts. 205; 211; 215; 218; 226, § 2.º etc.).

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