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art 125 inc I ncpc qual a explicaçao

alguem tem uma explicaçao facil de entender 

💡 2 Respostas

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Carlos Eduardo dos Santos Nunes

Importante observar, logo de início, que o Código de Processo Civil de 2015 não promoveu modificações substanciais no tocante a disciplina da denunciação da lide, mas certamente fez importantes

escolhas em relação a algumas polêmicas exsurgidas na doutrina e na jurisprudência sob a vigência do Código precedente.

   A denunciação da lide é tradicionalmente estudada como uma das espécies de intervenção de terceiros previstas no ordenamento brasileiro; cuida-se de intervenção provocada (não voluntária), porque a iniciativa de ingresso no processo não parte do terceiro, e há ampliação subjetiva e objetiva do feito, por meio da introdução de uma demanda incidente movida pelo denunciante ao denunciado veiculando direito regressivo.

Em relação ao inciso I, a lei deixa claro que a denunciação deve ser feita ao alienante imediato, o que significa a inadmissibilidade da denunciação per saltum; significa dizer que não é possível que autor ou réu denunciem a lide a outros alienantes da cadeia. Mas apenas ao alienante anterior. No Código de 1973, cogitava-se da possibilidade de denunciação per saltum porque o art. 70 referia-se apenas a alienante, e não a alienante imediato, e o art. 456 do Código Civil previa a denunciação ao "alienante imediato, ou qualquer dos anteriores". A expressa referência ao alienante imediato também afasta a possibilidade de uma denunciação coletiva em face de todos os alienantes anteriores da cadeia.

Note-se, por derradeiro, que o artigo 1072, do Novo Código, revogou o artigo 456, do Código Civil de 2002.

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Carlos Eduardo Ferreira de Souza

Na denunciação da lide, alguém que ocupa posição de garantidor é chamado ao processo, mas não necessariamente para integrar o polo passivo, podendo gerar processo que seguirá em apenso ao processo principal.

Assim, vencida a parte garantida na ação principal, o juiz passa a julgar a denunciação da lide para determinar eventual ressarcimento. 

Lembramos, contudo, que no novo CPC o denunciado  poderá assumir a posição de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial, quando a denunciação for feita pelo autor.

As hipóteses da denunciação da lide são trazidas pelo art. 125, do CPC:

"Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:

I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;

II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo (e.g. seguradora)."

SOBRE O INCISO I, ESPECIFICAMENTE.

Evicção é a perda de bem por alguém que o adquiriu, em razão de ato judicial ou administrativo que reconheça direito de terceiro em razão de circunstância existente antes da aquisição do bem.

Assim, no inciso I, José compra de Maria um terreno e o perde, por evicção. Ao ser processado, José deve denunciar a lide à Maria. Sendo condenado, José deve ser ressarcido por Maria. 

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