Para compreendermos as ideias de Karl Marx podemos partir de sua preposição de que a história de toda sociedade até hoje é a história de luta de classes. A sociedade então cada vez mais se dividiria em dois grandes campos antagônicos: a burguesia e o proletariado. Nesse diapasão, a leitura de Marx do Estado é que este seria essencialmente classista, ou seja, representante de uma classe e não da sociedade. Os contratualistas, por sua vez, acreditavam que o papel do Estado era defender os anseios e proteger os cidadãos em sua totalidade.
Para Rousseau, o homem nasceria bom, mas a sociedade o corromperia. Para isso, por meio do contrato social, ele abriria mão de sua liberdade em troca de um Estado garantidor da soberania política e vontade coletiva. Já Nicolau Maquiavel trabalha a ideia de que o Estado está presente em todos os setores da vida humana. O Estado para Maquiavel é onipresente, exerce uma força superior ao mundo dos homens e tem que ter a capacidade de exercer a sua plenitude, regulamentando a vida em sociedade. Por fim, a figura estatal para Locke seria um corpo político único, dotado de legislação e de força concentrada da comunidade para preservar a propriedade e proteger os indivíduos dos perigos internos e das invasões estrangeiras. Para ele, as próprias vontades e anseios da sociedade dariam origem ao Estado. Este surge da passagem do estado de natureza para a sociedade política organizada, no qual é escolhido uma forma de governo com toda sua estrutura, porém seu surgimento se dá de forma natural e livre pelos indivíduos.
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