Os novos meios do comunicação (internet) fizeram com que as notícias sejam dadas com mais rapidez, o que dificulta a apuração de qualidade. O jornalista entrega então para a sociedade um resumo do fato, libera as dúvidas para que o leitor venha questioná-las e só depois então explica melhor o que de fato ocorreu.
Estudante PD
Essa é uma questão que vem sendo discutida há algum tempo, com o advento dos novos meios de comunicação (Internet principalmente). E há quem discorde que a Internet seja exclusiva na transmissão da notícia em tempo real e com a rapidez que propagam (o que não serve como desculpa para não apurar a notícia antes de divulgá-la). Fabio Henrique Pereira em 23/03/2004 já dizia em artigo publicado no Observatório da Imprensa (http://observatoriodaimprensa.com.br/news/view/o_tempo_na_producao_em_fluxo_continuo):
"Seria ingênuo pensar que a transmissão de informações em tempo real é uma característica exclusiva da Internet. [ É preciso deixar claro que a Internet não difunde somente informações em ‘tempo real’. Segundo o diretor do ‘Le Monde Interactif’, Bruno Patino (2001), além de ser a ‘mídia da instantaneidade’, a Internet é também a mídia da memória, ou seja, a mídia dos bancos de dados, organizada em camadas e estruturada pelo link e pelo hipertexto]. Outros meios como o telefone e o telex já transmitiam informações de forma sincrônica. Mídias como o Rádio e TV — embora com limitações técnicas — também produzem notícia em tempo real. Isso sem falar nas agências noticiosas que, desde a Primeira Guerra Mundial já buscavam a transmissão de informações em alta velocidade (Frédérix, 1959)."
Sobre sua pergunta, o texto da Profa. Dra. Zélia Leal Adghirni, apresentado no Núcleo de Pesquisa Jornalismo, XXV Congresso Anual em Ciência da Comunicação, realizado em setembro de 2002 na cidade de Salvador/BA, discute muito bem essa questão: "...o texto analisa o papel das tecnologias avançadas de comunicação na produção jornalística e a influência dos interesses do mercado financeiro e do sistema político na velocidade da informação com fins específicos. As notícias assim veiculadas, atualizadas a cada minuto, em formas de flashs, fragmentadas e descontextualizadas, ofuscam seu sentido social e histórico. O jornalista, do francês journaliste (analista de um dia) seria agora um instantaneísta (analista do instante?)" Disponível em <http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/490da571ad11eb10eda41232795d5c54.pdf>
Bons estudos!
Andre Smaira
Apesar disso, os jornalistas não podem simplesmente publicar qualquer notícia, sem ao menos saber a sua veracidade. Portanto, apesar de o jornalista ter se tornado um jornalista instantaneísta, ele deve ter o mínimo de bom senso e manter um equilíbrio entre a praticidade e rapidez, e a qualidade das notícias que irá repassar.
Com isso ele conseguirá transmitir a informação de forma clara, objetiva e real e o cidadão não terá problemas na hora de consultá-la.
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