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quais as células afetadas no paciente com AVC’s

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Estudante PD

AVC isquêmico aterotrombótico: esse tipo de AVC isquêmico ocorre por fatores de risco não modificáveis, como a idade ou doenças crônicas. A principal causa de AVC isquêmico aterotrombótico é a aterosclerose, doença que causa a formação de placas nos vasos sanguíneos, levando à oclusão.

AVC isquêmico cardioembólico: esse tipo de AVC isquêmico ocorre quando o êmbolo causador do derrame parte do coração, no geral decorrente de doenças cardiovasculares, como arritmias cardíacas ou doenças da válvula cardíaca.

Causas

As causas de AVC estão geralmente relacionadas com problemas no organismo que afetam o fluxo do sangue, tais como:

  • Endurecimento das artérias (aterosclerose)
  • Arritmias cardíacas
  • Doenças das válvulas cardíaca, como prolapso da válvula mitral ou estenose de uma válvula cardíaca
  • Endocardite, que é a infecção das válvulas do coração
  • Forame oval patente, que é um defeito cardíaco congênito
  • Distúrbios de coagulação do sangue
  • Vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos)
  • Insuficiência cardíaca
  • Infarto agudo do miocárdio.

Pressão arterial baixa (hipotensão) também pode causar um AVC isquêmico, embora com menor frequência. Resultados baixos de pressão arterial podem reduzir o fluxo sanguíneo para o cérebro e causar estreitamento das artérias. Além disso, algumas cirurgias ou outros processos usados para tratar as artérias carótidas estreitadas podem causar um coágulo de sangue, que se viajar para o cérebro resultará em um AVC isquêmico.

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Tratamento de AVC isquêmico

O essencial do tratamento do AVC isquêmico, assim como para outros tipos de AVC, é que a busca pelo médico seja feita o mais rápido possível. No caso de AVC isquêmico, é possível usar um medicamento chamado alteplase, que deve ser aplicado em até quatro horas e meia após o início dos sintomas. Esse medicamento diminui em 30% o risco de sequelas do AVC isquêmico e reduz em 18% a mortalidade.

Após o tratamento de emergência para AVC isquêmico, quando a condição se estabilizou, o tratamento se concentra na prevenção de outro AVC e acompanhamento das sequelas. Quando você tem um AVC isquêmico, o suprimento de sangue e oxigênio a uma parte do seu cérebro é reduzido. Depois de cerca de quatro minutos sem sangue e oxigênio, as células cerebrais ficam danificadas e podem morrer. O corpo tenta restaurar sangue e oxigênio para as células por meio da ampliação de outros vasos sanguíneos (artérias), perto da área. Se o fornecimento de sangue não for restaurado, danos cerebrais permanentes geralmente ocorrem.

Quando as células do cérebro são danificadas ou morrem, as partes do corpo controladas por essas células podem não funcionar. A perda de função pode ser leve ou grave, temporária ou permanente. Isso depende de onde e como a maior parte do cérebro foi danificada e a rapidez com que o fornecimento de sangue foi devolvido para as células afetadas.

As áreas do cérebro que morrem em decorrência da falta de oxigenação causada pelo AVC isquêmico podem se reconstruir aos poucos, e a recuperação é mais rápida quando feito o estímulo correto. Por exemplo, uma pessoa que sofreu alterações da fala terá um acompanhamento com fonoaudiólogo, assim como uma pessoa que sofreu paralisia fará fisioterapia. A recuperação do AVC isquêmico começa enquanto você ainda está no hospital ou em um centro de reabilitação e continuará quando você volta para casa. Durante a recuperação do AVC isquêmico, você vai aprender a gerir:

  • Problemas na bexiga e intestino
  • Atividades domésticas feitas anteriormente
  • Perda de movimento ou sensibilidade de uma ou mais partes do corpo
  • Problemas musculares e nervosos
  • Espasmos musculares
  • Problemas de fala
  • Deglutição e problemas alimentares
  • Raciocínio e problemas de memória.
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Complicações possíveis

Entre as principais sequelas do AVC isquêmico, podemos destacar:

  • Paralisias: a área mais afetada pelo AVC é aquela responsável pelos movimentos do nosso corpo, sendo o lado esquerdo do cérebro responsável pelos movimentos do lado direito e viceversa. Por isso, é comum os pacientes passarem os primeiros dias após o AVC com um dos lados do corpo paralisados, e mesmo com a recuperação alguns têm a movimentação limitada. Pensando nisso, é essencial que o paciente não passe todo o tempo deitado, mesmo em sua estadia no hospital
  • Déficit sensitivo: a perda de sensibilidade do lado afetado pelo AVC acontece quando a área do encéfalo responsável por interpretar a sensibilidade é lesada. Grande parte da melhora acontece no primeiro ano após o evento, mas nada impede que elas continuem acontecendo. Uma atividade que pode ajudar na recuperação da sensibilidade é expor a área afetada a diferentes materiais, como esponjas, papéis, madeira, lixas ásperas e etc
  • Afasia: quando o AVC ocorre na área do cérebro correspondente à linguagem, é comum o paciente sofrer com a afasia, a perda da comunicação, que pode ser a fala ou o entendimento de uma mensagem. Ela pode ser dividida basicamente em dois grandes grupos: afasia de expressão (quando o paciente entende o que você fala, mas é incapaz de se expressar pela linguagem falada) e de compreensão (quando ele consegue se expressar de todas as formas, mas não entende o que lhe é dito). Caso a dificuldade esteja em se expressar, é fundamental o trabalho do fonoaudiólogo. Com esse acompanhamento, é possível até mesmo que uma pessoa que não conseguia dizer nada, reaprenda algumas palavras. Durante esse processo, enquanto a vítima do AVC ainda não consegue se comunicar pela fala ou escrita, podem ser combinados códigos, como mímicas ou acenos de cabeça. No caso de uma afasia no grupo da compreensão, é importante que a família e o cuidador fiquem atentos aos sinais que ela pode apresentar, pois é muito difícil reconhecer essa dificuldade. No geral, a pessoa não responderá suas perguntas de forma adequada, e falará sobre assuntos que não estão sendo discutidos no momento. Essa situação tem recuperação progressiva, e o melhor a fazer é entender que o paciente não tem consciência disso e esperar que as ligações cognitivas se recomponham adequadamente
  • Apraxias: além da dificuldade na fala, um paciente de AVC com apraxia perde a capacidade de se expressar por gestos e mímicas e de realizar tarefas motoras em sequências. Por exemplo: a pessoa sabe o que é uma chave e sabe o que é uma fechadura, mas simplesmente não consegue ligar uma coisa na outra, realizando o ato de inserir a chave na fechadura. É uma sequência que a pessoa não sabe mais fazer. Outro exemplo de apraxias é a incapacidade de fazer gestos que tenham um significado pré-definido, como o sinal de silêncio, acenar para dar oi ou levantar o polegar em sinal positivo. Nesses casos o paciente precisa reaprender a fazer esses processos. É necessário ensinar novamente essa sequência de movimentos, que deve ser lembrada e exercitada
  • Negligência: essa sequela diz respeito ao paciente que negligencia uma parte ou um lado se seu corpo - a intensidade do problema dependerá do tamanho da lesão. Ela se caracteriza por uma falta de percepção da metade afetada do corpo, como se aquele segmento não pertencesse à pessoa. É uma sequela muito grave, mas que normalmente desaparece depois dos três primeiros meses. Os quadros de negligência podem ser de três tipos - motor, visual e sensitivo. Ou seja, o indivíduo consegue se movimentar, enxergar ou sentir as coisas, mas o cérebro não processa essas possibilidades
  • Agnosia visual: entende-se por agnosia visual a incapacidade da pessoa de reconhecer objetos e pessoas através da visão, apesar de essa não ter sido comprometida. Dependendo do grau da lesão, a pessoa pode inclusive não reconhecer mais rostos. É importante exercitar esse lado do paciente, apresentando-o para novos objetos, sempre com muita paciência - uma tática é começar por objetos que faziam parte do cotidiano do paciente antes do AVC
  • Déficit de memória: a perda de memória normalmente é déficit secundário, inserido dentro de um contexto de outras perdas. O sintoma de déficit de memória dependerá da área do cérebro afetada, mas no geral a pessoa perde a capacidade de lembrar eventos recentes, recordando apenas episódios passados
  • Lesões no tronco cerebral: no tronco cerebral estão localizados centros responsáveis por atividades vitais, como a respiração. Lesões no tronco cerebral podem deixar sequelas graves e até mesmo levar à morte - a gravidade dependerá da extensão da lesão. Pacientes com esse tipo de sequela podem apresentar também paralisia nos dois lados do corpo, estrabismo e dificuldades para engolir - cada ponto sendo tratado por sua especialidade específica
  • Alterações comportamentais: Ocasionados por uma lesão na parte frontal do cérebro, as alterações comportamentais são comuns em vítimas de AVC. O indivíduo geralmente passa por quadros de agitação e quadro de apatia, passando por sintomas como perda de iniciativa ou explosões de raiva sem causa aparente. Os cuidadores devem buscar orientação medica, pois em alguns casos pode ser necessário que o paciente seja medicado
  • Depressão: até 30% dos pacientes com AVC, principalmente aqueles que sofreram lesão no hemisfério esquerdo do cérebro, podem desenvolver a depressão pós-AVC. A doença funciona exatamente como a depressão comum, mas há uma janela de tempo que liga esses sintomas ao AVC. Os sintomas são iguais aos da depressão comum - tristeza, apatia, sono inadequado, transtornos alimentares, entre outros - e pede um tratamento especializado com um psicólogo ou psiquiatra
  • Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT): uma pesquisa feita pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, mostrou que quase um para cada quatro pacientes de AVC sofrem de estresse pós-traumático, e um em cada nove pacientes desenvolve TEPT crônico mais de um ano depois. Sintomas que ajudam a identificar o problema são pesadelos persistentes e tendência do paciente a evitar lembranças do evento, bem como frequência cardíaca e pressão arterial elevada.

A recuperação depende da localização e da quantidade de danos cerebrais causados por acidente vascular cerebral, a capacidade de outras áreas saudáveis do cérebro para assumir a funcionar para as zonas danificadas, e reabilitação. Em geral, a menos que haja danos no tecido cerebral, as chances de invalidez são pequenas.

 http://www.minhavida.com.br/saude/temas/avc-isquemico

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