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No concurso entre agravantes e atenuante, primeiro agrava depois atenua?

💡 14 Respostas

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Tamires Neves

Boa noite, o concurso de circunstâncias agravantes e atenuantes que, aliás, é prevista no Código Penal, em seu Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência.

Na prática, no entanto, a solução de casos que apresentam concurso de circunstâncias agravantes e atenuantes não é tão simples. Veja-se o fato em julgamento pelo STJ no HC 152.079-DF, cujo relator foi o Min. Felix Fischer. O réu possuía maus antecedentes, era reincidente, mas confessou espontaneamente a autoria do crime. Os maus antecedentes são levados em conta na aplicação da pena base, pois se trata de circunstância judicial prevista no artigo 59, CP. A reincidência é agravante genérica. E o fato de ser réu confesso faria, em tese, atenuar a pena. De acordo com o Tribunal da Cidadania, no entanto, a orientação que se deve extrair do artigo 67 do Código Penal é que entre uma circunstância agravante e outra atenuante, o julgador deve optar por fazer incidir aquela que se aproxima dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência. Pois bem. Se o agente era reincidente, pouco importa se é confesso, já que aquela circunstância prepondera sobre esta.Segundo Luiz Flavio Gomes o art. 67 do CP é eminentemente subjetivista, porque atrelado a condições subjetivas do autor do fato. É dispositivo fundado no Direito penal de autor (não no Direito penal do fato).O quantum de aumento ou diminuição, nos casos de agravantes e atenuantes, fica a critério do juiz, devendo sempre fundamentar sua decisão.

 Leia o informativo 442 do STJ e outras jurisprudências e aprofunde um pouco mais nos estudos da dosimetria da pena, que compreendera melhor a aplicação da pena e quando houver concurso de agravantes e atenuantes

A resposta ficou um pouco grande, mas resumido é isso, espero ter ajudado e vou postar um material que tenho agora sobre a Teoria Geral da Pena, só me adicionar ai que te aceito, talvez te ajude!!

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LUCIANA MATIAS

Primeiro, ao se aplicar a pena, leia-se em consideração às circunstâncias judiciais do art. 51, CP. Dessa consideração, o juiz estipula uma pena e aplica as agravantes e atenuantes, depois dessa avaliação, ai se analisa as causas de aumento e diminuição da pena. prontinho!
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Fazendo Direito

Exatamente. Só então é fixada a pena conferir concreta.
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