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Crimes omissivos impróprios, no caso de uma pessoa ajudar um cego a atravessar a rua e o cego morrer e a pessoa permanecer viva se caracteriza?

💡 7 Respostas

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Vegeta SSJ

Acredito que possa ser possível no caso em tela, imaginando-se a figura de garantidor, desde que seja caracterizada a culpa. Do contrário seria responsabilidade objetiva.

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Patricia Vitória

Mas mesmo que a pessoa o deixe morrer tendo em vista que sofre também risco de vida. Então seria, nesse caso, a pessoa condenada por homicídio culposo na forma omissiva imprópria?

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Camila MB

Primeiramente, o ato de ajudar a atravessar uma via caracteriza uma ação e não uma omissão. Lembrando que para caracterizar a omissão imprópria é necessário uma inação, um não fazer, doloso ou culposo, por parte de um garantidor assim definido pelos incisos do parágrafo 2o do art. 13 do CP. Ademais, mesmo se fosse o caso de uma omissão imprópria, um mal súbito no meio da rua não seria previsível e, pois, não seria responsabilizado por culpa, muito menos por dolo. Uma responsabilização nesse caso seria objetiva e não cabível no direito penal. Seria, por exemplo, caso de omissão imprópria a mãe que deixa o filho atravessar a rua sozinho e este acaba por ser atropelado diante da negligência da mãe, que incorre em homicídio culposo por omissão imprópria. Espero ter ajudado. :)
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