Vamos lá: com a ocorrência do fato gerador, ocorre o nascimento da obrigação tributária, onde, embora ocorrida a relação jurídica em que o sujeito passivo deverá realizar o recolhimento do tributo, o sujeito ativo (ou autoridade administrativa) ainda não tem como estabelecer de plano as circunstâncias do fato gerador, tampouco o montante a ser pago. Desse modo, há a necessidade da realização de um ato administrativo (lançamento!!) para aplicar a norma tributária material ao caso concreto. O lançamento NÃO FAZ NASCER o tributo, mas “declara” o montante do crédito tributário, dando resposta, em caráter oficial, às seguintes indagações: 1ª) Quem é o contribuinte?; 2ª) Quanto ele deve ao Fisco?; 3ª) Onde ele deve efetuar o pagamento do tributo?; 4ª)Como ele deve efetuar o pagamento do tributo?; 5ª) Quando ele deve efetuar o pagamento do tributo?
Assim, o CTN confere ao lançamento o papel de um procedimento administrativo, ou ato único, para que se faça o tributo se tornar líquido e certo (exigível), onde tal situação concluir-se-á através do lançamento e, consequentemente, o fato jurídico será devidamente apurado e quantificado.
O lançamento tributário é ato documental de cobrança, por meio do qual se declara a obrigação tributária nascida do fato gerador. Trata-se ato administrativo vinculado, uma vez que deve ser balizado pela lei, e não por oportunidade ou conveniência.
Dispõe o Código Tributário Nacional, em seu art. 14, que o lançamento constitui o crédito tributário: “Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível."
Crédito tributário é o vínculo jurídico por força do qual o sujeito ativo pode exigir do sujeito passivo o pagamento do tributo ou a satisfação da penalidade, e é o mesmo que dá ao tributo a condição de ser exigível, sendo que a exigibilidade ocorre com o lançamento.
a) Lançamento Direto ou de Ofício: é aquele em que o fisco, dispondo de dados suficientes para efetuar a cobrança, realiza-o, dispensando o auxílio do contribuinte. Ex: IPTU.
É realizado pela autoridade competente sem qualquer tipo de auxílio por parte do contribuinte.
b) Lançamento Misto ou "Por Declaração": aquele representado pela ação conjugada entre o FISCO e o contribuinte, restando àquele o trabalho privativo de lançar. Ex: Imposto de Importacao.
É feito pela autoridade administrativa em face de uma declaração fornecida pelo contribuinte ou responsável, que anteriormente ao recolhimento, prestou uma declaração com informações a respeito da matéria tributável.
c) Lançamento por Homologação: É aquele em que o contribuinte auxilia a Fazenda Pública na atividade do lançamento, cabendo ao fisco, no entanto, homologá-lo. Ex: ICMS, IR, PIS, IPI, COFINS, CSLL, entre tantos outros, correspondendo o maior volume da arrecadação.
Temos que o lançamento por homologação é aquele que ocorre quando a legislação atribui ao contribuinte ou responsável o dever de realizar o pagamento do tributo de forma antecipada, sem necessidade de prévio exame pela autoridade administrativa, sendo que quando a mesma toma conhecimento do mesmo, o homologa.
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Direito Tributário e Processo Tributário
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