Butirato Muitas espécies bacterianas produzem butirato, mas existem algumas bactérias ruminais que são especialmente produtoras deste AGV, nestas a síntese não é influenciada pela pressão de H2 (Kozloski, 2009). Leng, (1970) apud Antunes & Rodriguez (2006), cita que a síntese do butirato pode ocorrer no rúmen a partir do acetato ou de outros compostos que resultam em acetil-CoA, como o piruvato ou glutamato. Tem sido descritas duas vias de síntese de butirato no rúmen. A via mais importante é o inverso da β- oxidação em que são utilizadas duas moléculas de acetato. A outra via, o malonil-CoA, combina-se com o acetil-CoA que, posteriormente, é reduzido ate butirato pela via do crotonil-CoA. Semelhante ao acetato, embora presentes em quantidades muito menores, qualquer quantidade de butirato na circulação periférica é, ou oxidado ou contribui para a síntese de ácidos graxos.
fonte:
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/Ij2kLOwaV7Mnbmi_2013-6-24-15-9-27.pdf
No texto acima explica que ocorre o inverso da B-oxidaçao, por que é feito a produçao de acidos graxos no rumem , na degradaçao da celulose. A B-oxidaçao é a destruiçao dos acidos graxos nas mitocondrias para produçao de energia, ou seja, no rumem é produzido o alimento(acidos graxos) e nos tecidos (como musculos) sao metabolizados e destruidos os alimentos(acidos graxos), produzindo energia.
A ß oxidação é um procedimento metabólico de ácidos graxos que equivale a sua oxidação mitocondrial. Eles sofrem retirada, através da oxidação, de sucessivas subunidades de 2 átomos de carbono sob a forma de acetil-CoA. Por exemplo, o ácido palmítico, possui 16 carbonos, irá sofrer 7 reações do tipo oxidativas, deixando em cada uma delas 2 átomos de carbonos como acetil-CoA. No fim, os dois carbonos que ficaram para trás estarão sob a forma de acetil-CoA.
O rúmen é a primeira câmara do estômago em animais ruminantes. Junto com o retículo forma uma câmara de fermentação que abriga um ecossistema microbiano com habilidade de quebrar paredes celulares vegetais, formadas por celulose e hemicelulose. Esse ecossistema é formado por archaeas, bactérias, protozoários e fungos anaeróbios.
Os alimentos utilizados pelos animais ruminantes sofrem uma grande fermentação com produção de ácidos graxos voláteis amônia, gases (dióxido de carbono e metano) e biomassa microbiana. Portanto, a ß oxidação não ocorre no rúmen porque ela é a oxidação de ácidos graxos, ou seja a quebra deles. Entretanto, os ácidos graxos são fonte de energia dos ruminantes. Assim, se ocorresse a ß oxidação, eles ficariam sem ácido graxo e, portanto, sem energia.
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