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"No seu entendimento, que princípios JURÍDICOS estão em conflito neste caso? Como seria uma eventual ponderação destes princípios?”

Em 1999 o jornalista Ruy de Castro lançou uma biografia independente e não oficial sobre a vida de Garrincha, narrando sua infância, as dificuldades, sua performance como jogador nas Copas de 1958 e 1962, A vida pessoal de Garrincha sempre foi conturbada. Ele entregou-se ao alcoolismo e teve um final de vida triste. Diante do sucesso do livro, três dos catorze filhos de Garrincha interpuseram uma ação contra a editora, pedindo indenização por danos morais e materiais, tendo em vista o perfil traçado do pai, que alegaram ser irreal, e o fato de o livro ter sido escrito sem autorização formal da família.

No seu entendimento, que princípios JURÍDICOS estão em conflito neste caso?

Como seria uma eventual ponderação destes princípios?”

💡 1 Resposta

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Lucas Domingues

princípios: liberdade de imprensa e pensamento (art. 5º, IV e IX da CF/88) x direito a imagem e danos morais do falecido em prol dos sucessores (art. 5º, X da CF/88 e art. 12 CC/2002). 

Na ponderação de interesses, utiliza-se o princípio da convivência das liberdades públicas, também conhecido como princípio da proporcionalidade, ou razoabilidade, na medida em que mais de um direito fundamental está em jogo e tu precisa equacionar o problema de modo a evitar o maior sacrifício possível de ambos. Neste caso, aliás, o STF já julgou o direito de escrita de "biografia" não autorizada, no famoso caso Roberto Carlos. 

Diz o CC/2002: 

Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.        (Vide ADIN 4815)

Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.

Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.       (Vide ADIN 4815)

 

 

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