Autor: | Helio da Costa |
Orientador: | Leonardo Gomes Mello e Silva |
Ano: | 2016 |
Tipo: | Tese de Doutorado |
Instituição: | Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Pós-Graduação em Sociologia |
Repositório: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Resumo: |
Nos anos 1980 e 1990 ocorre a difusão da Responsabilidade Social Empresarial (RSE), a partir do cenário de intensificação da globalização e do poder crescente das empresas transnacionais que pressionam governos para desregular as relações de trabalho e os direitos trabalhistas, exercendo, desta forma, forte pressão sobre as negociações coletivas e o poder dos sindicatos. No Brasil, esse processo de difusão da RSE se intensifica na década de 1990, não por acaso, a década de aprofundamento do ajuste neoliberal em nosso país. Nesse período o discurso da RSE ganha mais publicidade entre as empresas. Também é desse marco temporal as denúncias sobre as violações de direitos em empresas multinacionais que exploravam homens e mulheres, adultos e crianças em condições de trabalho análogas a escravidão. A partir do início dos anos 2000, já próximo do fim mais agudo das políticas neoliberais, ocorrem algumas iniciativas do movimento sindical, especialmente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), para contrapor a visão hegemônica de responsabilidade social difundida pela mídia e pelas empresas. O que se observa no cenário dos últimos 20 anos, é um grande esforço do movimento sindical internacional a partir dos Sindicatos Globais, em contrapor as iniciativas voluntárias e unilaterais das empresas no campo da responsabilidade social, acionando mecanismos de negociação global com as empresas Multinacionais por meio de Acordo Marco Internacionais (AMIs). Esse esforço, porém padece limitações e evidencia as enormes limitações do sindicalismo para construir ferramentas efetivas de ação global. O objetivo deste trabalho é analisar a difusão da RSE no contexto da globalização, do aprofundamento das políticas neoliberais e do poder crescente das empresas transnacionais e as ações do sindicalismo internacional e brasileiro, com foco na experiência da CUT, para responder ou contrapor a essas ações e discursos das empresas no campo da RSE. http://www.dmtemdebate.com.br/responsabilidade-social-e-empresarial-e-sindicalismo-no-contexto-da-globalizacao/
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Sindicalismo de empresa é um termo utilizado para designar aquele sindicalismo vinculado e subordinado aos limites impostos pelas classes dominantes. Trata-se, por consequencia, de um sindicalismo combalido, com dificuldades de impor seus interesses em face dos interesses patronais.
Tal nomenclatura surgiu no Japão, na década de 60 e 70, quando o sindicalismo de classe perdera sua força devido a individualização das relações de trabalho. Tal movimento fez com que os sindicatos nacionais perdessem sua força, deslocando-se a atividade sindical para dentro das empresas.
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