Meirelles alerta que “as formas usuais de dominação dos mercados são os trustes e cartéis” (1997, p.555). O truste, de acordo com Sandroni, é um: “tipo de estrutura empresarial na qual várias empresas, já detendo a maior parte de um mercado, combinam-se ou fundem-se para assegurar esse controle, estabelecendo preços elevados que lhe garantam elevadas margens de lucro”(1999, p.616). Um dos mecanismos do truste é fatiar o mercado entre os seus membros. Além do prejuízo óbvio aos consumidores, o truste é um risco para as empresas menores, que podem vir a ser eliminadas. Já o Cartel para Meirelles: “é a composição voluntária dos rivais sobre certos aspectos do negócio comum” (1997, p.555). Vejamos um exemplo: Em 2014 o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aplicou multa de centenas de milhões de reais aos membros do chamado “cartel de cimento”. De acordo com o CADE, este cartel “atuou no mercado brasileiro de cimento e concreto por meio da fixação de preços e de quantidades de venda de produtos, divisão regional do mercado e alocação de clientes entre as empresas cartelizadas”. Nem sempre é fácil diferenciar um truste de um cartel. È mais relevante compreender como estas estratégias prejudicam os consumidores, o mercado e as demais empresas.
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