O que se entende pela expressão "independência e harmonia entre os Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário)?

Montesquieu dizia que o poder Executivo deveria ser dividido com mais outros dois, o Legislativo e o Judiciário, tendo dessa forma, um meio de "frear" o Executivo (Monarca), em relação ao abuso do poder. Partindo dessa ideia, os três poderes passariam a se tornar interdependentes entre si, ou seja, cada um ficaria responsável por desempenhar sua função, não interferindo no outro. Fonte: Livros "Os Clássicos da Política 1"

1. A Constituição Federal de 1988, assegurando em nível de cláusula pétrea, e visando, principalmente, evitar que um dos Poderes usurpe as funções de outro, consolidou a “separação” dos Poderes do Estado, tornando-os independentes e harmônicos entre si (Artigo 2º, CF/88), é o que chamamos de “Sistema de Freios e Contrapesos”.
2. Quando existe influência recíproca das funções executiva, legislativa e judiciária em um Estado, para que possa haver o necessário equilíbrio na sociedade. É assim chamada a teoria que resultou na criação da divisão dos poderes. Vide Montesquieu.
3. Como muitos iluministas de seu tempo, Montesquieu foi um admirador do sistema britânico, e é neste modelo político que ele encontra na Constituição da Inglaterra a condição essencial da liberdade política e o ‘’freio’’ à corrupção despótica dos governos, que é a teoria da separação dos poderes, onde quem detém o poder executivo é o monarca, quem faz as leis é a aristocracia, representada nas câmaras, e por sua vez quem possui a faculdade de julgar a lei são os juízes. Esta separação cumpre três papeis principais. O primeiro é funcional, consiste em especializar os diversos órgãos do poder de cumprir certas funções e, portanto, faz um melhor oficio no governo. Em segundo há a função de desconcentrar, não só para evitar a acumulação de poder e competências, mas também para que exerça um controle mútuo de suas ações, controle esta que obedecem às normas constitucionais.