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Erro de Tipo x Erro de proibição x Descriminante Putativa

Diferença !

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Erro de tipo é o que incide sobre as elementares ou circunstâncias da figura típica, sobre os pressupostos de fato de uma causa de justificação ou dados secundários da norma penal incriminadora; é o que faz o sujeito supor a ausência de elemento ou circunstância da figura típica incriminadora ou a presença de requisitos da norma permissiva.

O erro de tipo exclui sempre o dolo, seja evitável ou inevitável. O dolo é elemento do tipo, a sua presença exclui a tipicidade do fato doloso, podendo o sujeito responder por crime culposo, desde que seja típica a modalidade culposa.

O erro de tipo afasta o dolo do sujeito. O erro de tipo essencial sempre afasta o dolo, seja o erro evitável ou inevitável. No erro de tipo, o sujeito conhece e quer as circunstâncias de ato do tipo legal. Portanto, se o erro incide sobre tais circunstâncias haverá a exclusão do dolo. O erro de tipo sempre traduz um defeito de conhecimento e se constitui em uma representação ausente e incompleta por parte do sujeito ativo. Em síntese, o erro de tipo representa um defeito na formação intelectual do dolo, o que exclui de seus elementos.

No erro de proibição o sujeito sabe o que faz e acredita que é lícito, quanto na verdade é proibido; o agente não conhece a proibição. Este erro recai sobre a ilicitude do fato. Exclui ou atenua a culpabilidade, excluindo ou diminuindo a pena. O erro de tipo exclui o dolo e, em consequência, exclui a tipicidade, e não havendo esta não existe fato típico.

A diferenção entre erro de proibição e delito putativo por erro de proibição no primeiro o sujeito supõe permita uma conduta proibida (exclui ou atenua a culpabilidade); no delito putativo por erro de proibição, o sujeito pensa que é proibido, o que é permitido. É fato atípico.

A discriminante real exclui a antijuricidade e discriminante putativa afeta ou interfere na culpabilidade;

 

A doutrina majoritária, devido à teoria limitada da culpabilidade, entende que o sujeito que age com erro de tipo permissivo age sem dolo.

 

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Tiago Rocha Do Vale

Erro de Tipo

A falsa percepção da realidade, entendida como erro, pode recair tanto sobre os elementos constitutivos do fato típico, como também sobre a ilicitude do comportamento. Quando o erro é incidente sobre um elemento constitutivo do tipo legal de crime ele é tido como ERRO DE TIPO.Ao contrário, quando o erro recai sobre a ilicitude da ação, ele é compreendido como ERRO DE PROIBIÇÃO. De qualquer modo, recaindo a falsa percepção da realidade, ou o equívoco ou erro sobre situações fáticas ou jurídicas, sendo ele inevitável, será relevante para o direito penal.

 

Erro de proibição

Pode-se conceituar o erro de proibição como o erro do agente que recai sobre a ilicitude do fato. O agente pensa que é lícito o que, na verdade, é ilícito. Geralmente aquele que atua em erro de proibição ignora a lei. Há o desconhecimento da ilicitude da conduta.

 

Descriminante Putativa

É uma situação que exclui a antijuridicidade de um fato. Por definição tem-se que crime é um fato típico e antijurídico, ou seja, para que a conduta de alguém possa ser enquadrada como criminosa é necessário que exista uma lei que defina previamente tal conduta como crime(tipicidade) e que o agente não esteja amparado por um excludente de antijuridicidade, por exemplo, não agiu em legitima defesa(entre outros). Com relação à pergunta tem-se por descriminante putativa como uma excludente de antijuridicidade em que agente por ela amparado age na certeza da tipicidade da ação mas também tem por certo estar amparado por uma excludente de antijuridicidade, quando na realidade não está. Exemplo clássico: durante uma séria discussão em que dois indivíduos quase chegam às vias de fato, ambos supondo que ambos se encontram armados, um deles leva a mão ao bolso para retirar um lenço e o outro , supondo que o ex adverso sacaria a arma, efetivamente saca a sua arma e atira, pensando agir em legítima defesa. A questão é mais teórica, sendo difícila ocorrer na prática.

A descriminante putativa é a causa excludente da ilicitude erroneamente imaginada pelo agente.

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