Pensando na teoria da ação social de Weber, tem-se que o processo de construção do conhecimento se dá no seu comportamento na sociedade. Na concepção de Weber, partindo da ação social considerada enquanto ação dotada de intencionalidade por parte do sujeito social, a relação sujeito-objeto adquire maior complexidade. O método por ele proposto admite dois momentos distintos: um primeiro em que a subjetividade se apresenta como instrumento fundamental no processo de construção do objeto a ser analisado – e aí cabe considerar todas as determinações, preconceitos e valores referentes ao sujeito; e um segundo, onde uma vez constituído o objeto, é elaborada uma estratégia metódica de construção de uma tipologia ideal e a subjetividade deve ausentar-se inteiramente do processo analítico. Weber entende que isso garantiria a objetividade do conhecimento produzido e resguardaria a especificidade do objeto analisado, ou seja, o jogo de interesses e dominação a ele peculiar. Diferente de Durkheim, Weber não considera as representações sociais como algo exterior aos indivíduos e em razão disso compreende a sociedade como um constante arranjo de interesses e relações de dominação que exige, para sua compreensão, a inclusão dos sujeitos sociais como parte essencial do processo. Nesse sentido, ele nega a possibilidade da formulação de conceitos produzidos pelas ciências sociais que possuam validade universal, já que o constante fluxo de sentidos impede uma apreensão definitiva da realidade social, o que não impediria, por outro lado, a formulação de um conhecimento objetivo. Além disso sustenta que a sociedade não possui uma ordem que lhe seja inerente. Portanto, uma ciência da sociedade tem como tarefa ordenar racionalmente os dados sociais observados e não conhecer uma ordem já estabelecida.
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Fundamentos, Socilogia, Ciêncis Politicas e Filosofia
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