As lesões da medula espinha tipicamente são divididas em duas amplas categorias funcionais: tetraplegia e paraplegia.
Quando a lesão se localiza na medula cervical, ocasiona tetraplegia (quadriplegia) por comprometer a função dos MMSS, do tronco e dos MMII, inclusive dos músculos respiratórios.
Quando a lesão ocorre nos segmentos medulares torácicos, lombares ou sacrais, provoca paraplegia, comprometendo a função do tronco e dos MMII.
A American Spinal Injury Association (ASIA) padronizou a classificação neurológica da lesão medular utilizando o músculo-chave para determinar o nível motor e o ponto-chave de sensibilidade para definir o nível sensitivo.
O nível exato de tetraplegia ou da paraplegia é determinado pelo segmento mais caudal da medula com funções motora e sensitiva normais em ambos os lados do corpo.
Quadro n1 – Classificação neurologia da lesão medular |
Raiz Músculo-chave |
C5 Flexores do cotovelo C6 Extensores do punho C7 Extensor do cotovelo C8 Flexor profundo do 3º dedo T1 Adutor do 5º dedo |
L2 Flexores do quadril L3 Extensores do joelho L4 Dorsiflexores do tornozelo L5 Extensor longo do hálux S1 Flexores plantares do tornozelo
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Quadro n1 – Classificação neurologia da lesão medular |
Raiz Músculo-chave |
C5 Flexores do cotovelo C6 Extensores do punho C7 Extensor do cotovelo C8 Flexor profundo do 3º dedo T1 Adutor do 5º dedo |
L2 Flexores do quadril L3 Extensores do joelho L4 Dorsiflexores do tornozelo L5 Extensor longo do hálux S1 Flexores plantares do tornozelo |
Em relação ao grau de lesão pode ser classificada como completa ou incompleta
· Completa: quando há ausência de função motora e sensitiva nos dermátomos e/ou miótomos inervados pelos segmentos sacrais. Alguns dermátomos e miótomos caudais à lesão podem permanecer parcialmente inervados, dando lugar à zona chamada de preservação parcial.
· Incompleta: quando o exame físico constata a presença de função sensitiva e/ou motora abaixo do nível de lesão, incluindo os dermátomos e/ou miótomos inervados pelos segmentos medulares sacrais.
A ASIA, baseando-se na classificação de Frankel, elaborou a Escala de Deficiência ASIA, que específica o grau de comprometimento sensitivo-motor provocado pela lesão medular
Quadro n 2 – Escala de Deficiência – ASIA |
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A. Completa |
Ausência de função sensitivo-motora nos segmentos sacrais. |
B. Incompleta |
Há função sensitiva abaixo do nível de lesão, incluindo os dermátomos sacrais, porém não há função motora. |
C. Incompleta |
Há função motora abaixo do nível de lesão, incluindo os dermátomos sacrais, e a maioria dos músculos-chave localizados abaixo da lesão tem grau muscular inferior a três. |
D. Incompleta |
Há função motora abaixo do nível de lesão, incluindo os dermátomos sacrais, e a maioria dos músculos-chave localizados abaixo da lesão tem grau muscular superior a três. |
E. Normal |
As funções sensitivas e morais são normais |
O uso de auto-enxerto de tecido permanece a técnica “padrão ouro” para a 3rd-leadreparação dos nervos periféricos lesionados, no entanto, esta recuperação ainda é abaixo da ideal. Assim, pesquisadores agora estão focando a atenção sobre a vitamina D, uma molécula cujas ações neurotróficas e neuroprotetoras estão cada vez mais sendo reconhecidas.
Sabemos que o trauma na medula pode produzir lesões envolvendo as medulas espinal, vertebral ou ambas. Ocasionalmente, os nervos medulares são afetados. A anatomia da coluna vertebral é revisada em outro local.
A lesão cervical alta (em C5 ou acima) afeta os músculos que controlam a respiração, causando insuficiência respiratória; pode ocorrer dependência do ventilador, especialmente em lesões em C3 ou acima dela. A disfunção autônoma da lesão da medula cervical pode resultar em bradicardia e hipotensão, o denominado choque espinal neurogênico; diferente de outras formas de choque, a pele permanece quente e seca. Arritmias e instabilidade da pressão arterial (PA) podem acontecer.
Portanto, as lesões são tratadas com repouso, analgésicos e relaxantes musculares, com ou sem cirurgia, até que edema e dor locais estejam melhores. Tratamento geral adicional para pacientes com trauma é fornecido conforme necessário. As lesões instáveis são imobilizadas até que osso e tecidos moles tenham cicatrizado no alinhamento correto; algumas vezes, cirurgia com fusão e fixação interna é necessária. Pacientes com lesões medulares incompletas podem apresentar melhora neurológica significante após descompressão. Em contraste, o retorno da função neurológica útil abaixo do nível da lesão é improvável. Dessa forma, a meta da cirurgia é estabilizar a coluna para permitir mobilização precoce.
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Fisiologia Humana I
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