A obrigação é um dever, nasce de diversas fontes e quando cumprida extingue-se. Se o devedor não cumpre a obirgação, surge a responsabilidade pelo inadimplemento.
Conforme Nelson Rosenvald e Cristiano Chaves de Farias (2018), a obrigação perfeita é aquela constituída por débito e responsabilidade.
Débito ou schuld seria a prestação a ser cumprida pelo devedor em favor do credor, enquanto a responsabilidade ou haftung seria a sujeição que recai sobre o patrimônio do devedor ou de terceiros para satisfazer a obrigação devida.
Entretanto, é possível que haja débito sem responsabilidade, quando existe uma prestação a ser cumprida, mas inexiste a possibilidade de sujeitar o devedor ao seu cumprimento. Exemplo clássico são das dívidas prescritas, em que existe o direito material do credor, mas não há possibilidade de compelir o devedor ao cumprimento, que poderia se dar apenas de maneira voluntária.
Já na responsabilidade sem débito, inexiste prestação criada pelo sujeito que detém patrimônio sobre o qual pode recair a sujeição ao pagamento obrigatório (não voluntário). É o caso, por exemplo, do fiador. Ele não possui débito, mas possui responsabilidade patrimonial sobre eventual inadimplemento.
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