Sim, em razão da ação direta de inconstitucionalidade interventiva (CF, art. 34, VII), que possui esse caráter concentrado.
A ação direta de inconstitucionalidade interventiva é urna criação brasileira, sem precedentes
imediatos no Direito Comparado.
Nasceu em virtude de inúmeros reclamos, no sentido de criar um instituto capaz de substituir
a intervenção - forma drástica para corrigir anomalias detectadas no plano federativo
- pela declaração de inconstitucionalidade do Supremo Tribunal Federal.
Foi a Carta de 1 934 que a implantou no ordenamento pátrio (art. 72, 1, a e h) .
Nisso, lançou o embrião do controle concentrado de normas, permitindo ao Brasil ingressar,
aos poucos, na seara da fiscalização abstrata.
Na realidade, o constituinte de 1 934 instituiu uma ação direta que, embora não possa ser
considerada o marco da fiscalização abstrata no Brasil, correspondeu ao meio-termo entre o
controle difuso e o concentrado de normas.
Começo oficial do controle concentrado no Brasil: somente com a Emenda Constitucional n .
1 6, de 6 de dezembro de 1 965, s e inaugurou oficialmente no B rasil o controle concentrado
de normas.
Assim, a representação interventiva foi criada como uma variante da via difusa, para operar
em concreto, embora seja exercida por meio de ação direta, sendo, por mero didatismo, inclusa
dentre os mecanismos de controle abstrato.
Pelo Texto de 1 934, o uso da representação interventiva, confiada ao Procurador-Geral da
República, era uma declaração de inconstitucionalidade para evitar a intervenção federal.
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