Sim, na medida em que o STF pode agir quando quando a adoção de regra procedimental violar direito de defesa do acusado, visto este ser garantido constitucionalmente.
Sim. Uma vez que o impeachment tenha índole constitucional e exija, para a sua validade, a presença de pressuposto material específico (crime de responsabilidade), é o STF competente para julgar sua justeza com relação à lex legem.
Gosto de exemplificar a matéria comparando-a com o controle judicial das medidas provisórias. Nelas, cabe ao Supremo exercer o controle sobre a presença dos requisitos de urgência e relevância.
Ainda que a Constituição atribua à certos agentes políticos a competência para proceder de determinadas formas sobre certas matérias, deve-se manter estrita observação ao texto maior. Antes de serem matérias "políticas", são elas institucionais e jurídico-constitucionais.
O Supremo Tribunal Federal, em decisão proferida na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 378, discorreu sobre a cadeia procedimental exigível para desenvolvimento do processo de impeachment, qualificando-a de jurídico-política, afirmando que lhe compete “o controle de estrita legalidade procedimental do processo de impeachment, assegurando que o juízo jurídico-político de alçada do Parlamento, passível de controle judicial apenas e tão somente para amparar as garantias judiciais do contraditório e ampla defesa, se desenvolve dentro dos estritos limites do devido processo legal.”
Na mesma ação, o Supremo Tribunal Federal acabou por reforçar que o conteúdo do julgamento político-jurídico realizado pelo Senado que resultar na cassação de mandatos é intocável, cabendo ao STF apenas fixar limites prévios, infensos à processualidade democrática, para a defesa da soberania popular.
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