Trata-se do que se denomina Escada Ponteana ou “Escada Pontiana”.
A partir dessa genial construção, o negócio jurídico tem três planos, a seguir demonstrados:
- Plano da existência;
- Plano da validade;
- Plano da eficácia.
Sobre os três planos, ensina Pontes de Miranda que “existir, valer e ser eficaz são conceitos tão inconfundíveis que o fato jurídico pode ser, valer e não ser eficaz, ou ser, não valer e ser eficaz.
As próprias normas jurídicas podem ser, valer e não ter eficácia (H. Kelsen, Hauptprobleme, 14).
O que se não pode dar é valer e ser eficaz, ou valer, ou ser eficaz, sem ser; porque não há validade, ou eficácia do que não é”.
Dessa forma, a Escada Ponteana pode ser concebida conforme o desenho a seguir:
Na esteira das palavras de Pontes de Miranda, o esquema é perfeitamente lógico, eis que, em regra, para que se verifiquem os elementos da validade, é preciso que o negócio seja existente. Para que o negócio seja eficaz, deve ser existente e válido.
Segundo a teoria da escada ponteana, os negócios jurídicos são compostos por três planos: o da existência, o da validade e o da eficácia.
No plano da existência, temos os elementos necessários para que o negócio exista no mundo dos fatos, ou seja, um agente, um objeto e uma forma.
Já no plano da validade, conforme art. 104, do CC, temos os elementos que tornam o negócio jurídico lícito, em consonância com o ordenamento jurídico, quais sejam: agente capaz, objeto lícito, possível e determinado ou determinável e a forma prescrita ou não defesa em lei.
Por fim, o plano da eficácia é aquele em que se verificará a produção dos efeitos do negócio existente e válido. No Direito Brasileiro, os negócios existente e válidos são, em regra, eficazes, mas existem exceções, que são aqueles negócios que trazem os chamados elementos acidentais, quais sejam:
1) Condição: evento futuro e incerto
1.1) Condição resolutiva: o negócio produz efeitos até sua ocorrência
1.2) Condição suspensiva: o negócio só passa a produzir efeitos com a sua ocorrência
2) Termo: evento futuro e certo
2.1) Termo inicial: o negócio só produz efeitos a partir de sua ocorrência
2.2) Termo final: o negócio deixa de produzir efeitos com sua ocorrência
3) Encargo: ônus que decorre de uma liberalidade
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