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O que Carolina deve fazer?

Marília e Carolina são as únicas herdeiras de um tio distante, Asdrúbal, o qual possuía em seu patrimônio uma edição original da coleção completa (sessenta volumes) do Tratado de Direito Privado de Pontes de Miranda, cujo valor é estimado em sete mil reais (R$ 7.000,00) – superior à soma dos volumes separados. No entanto, logo após a sucessão, descobre-se um contrato pelo qual o falecido se comprometera ainda em vida 4 a transferir a propriedade da coleção a dois colegas, Gervásio e Urbano. O gentil Gervásio prontamente libera as sobrinhas de qualquer obrigação, remitindo a dívida histórica; já Urbano interpela judicialmente Carolina – apenas ela – para que entregue imediatamente a ele a coleção inteira, sob pena de incidência de multa processual. 

💡 4 Respostas

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Túlio Carvalho

Persista

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Andre Smaira

A divergência era tamanha que o legislador inclusive tentou encontrar um meio termo, sendo que no PL 8.046/10, observa-se no parágrafo 5º do artigo 522, que: "o valor da multa será devido ao exequente até o montante equivalente ao valor da obrigação, destinando-se o excedente à unidade da Federação onde se situa o juízo no qual tramita o processo ou à União, sendo inscrito na dívida ativa".


Contudo, o texto final optou por rechaçar tal sugestão, deixando exclusivamente ao exequente a titularidade da multa. Necessário ainda ressaltar que grande parte da doutrina é no sentido de que a multa deve ser fixada em valor relevante, obviamente considerando a situação fática do processo, já que, somente assim forçará a parte a cumprir o comando judicial.


Assim, voltando ao cerne do artigo, que enfoca a hipótese da variação do quantum debentur arbitrado a título de astreintes, ou até sua extinção, frisa-se que era majoritário, tanto na doutrina como na jurisprudência, aquilo que hoje é tutelado pelo parágrafo 1º do artigo 537 do CPC/15 7, que é a possibilidade do magistrado alterar o valor da multa arbitrada, durante o processo, bem como, eventualmente, excluí-la. Desta forma, a atual lei processual criou mecanismos claros que ensejam a adequação da multa à obrigação.

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Andre Smaira

A divergência era tamanha que o legislador inclusive tentou encontrar um meio termo, sendo que no PL 8.046/10, observa-se no parágrafo 5º do artigo 522, que: "o valor da multa será devido ao exequente até o montante equivalente ao valor da obrigação, destinando-se o excedente à unidade da Federação onde se situa o juízo no qual tramita o processo ou à União, sendo inscrito na dívida ativa".


Contudo, o texto final optou por rechaçar tal sugestão, deixando exclusivamente ao exequente a titularidade da multa. Necessário ainda ressaltar que grande parte da doutrina é no sentido de que a multa deve ser fixada em valor relevante, obviamente considerando a situação fática do processo, já que, somente assim forçará a parte a cumprir o comando judicial.


Assim, voltando ao cerne do artigo, que enfoca a hipótese da variação do quantum debentur arbitrado a título de astreintes, ou até sua extinção, frisa-se que era majoritário, tanto na doutrina como na jurisprudência, aquilo que hoje é tutelado pelo parágrafo 1º do artigo 537 do CPC/15 7, que é a possibilidade do magistrado alterar o valor da multa arbitrada, durante o processo, bem como, eventualmente, excluí-la. Desta forma, a atual lei processual criou mecanismos claros que ensejam a adequação da multa à obrigação.

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