Não. O agravo retido era o recurso interposto em face de decisão interlocutória, cujo exame não era imediato e que não gerava peça recursal em apartado, mas retida nos autos, o que dá origem ao seu nome. Assim, apesar da interposição recursal, a análise somente se daria em momento posterior, em caso de interposição de apelação, quando os autos houvessem sido remetidos para a instância superior.
Ora, então para recurso em face de decisões interlocutórias restou o agravo de instrumento, apenas (lembrando que já era existente ao tempo do CPC/73).
Ocorre que seu rol é taxativo (ou taxativo mitigado pela urgência, conforme decisão recente do STJ), razão pela qual algumas decisões interlocutórias não são abarcadas pelo agravo de instrumento. A pergunta é: o que ocorre com elas?
A resposta é trazida pelo art. 1.009, §1º, do CPC, que determina que tais questões devem ser suscitadas em preliminar de contestação ou de contrarrazões, não sendo cobertas pela preclusão:
"Art. 1.009. Da sentença cabe apelação.
§ 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões."
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta.
Compartilhar