O filme “Nise: O coração da loucura”, conta a história da psiquiatra alagoana Nise da Silveira, que inovou o tratamento oferecido para as pessoas com problemas mentais e, em especial, para aquelas com esquizofrenia. Ela propôs e aplicou formas alternativas de cuidados, com base na arte, no afeto e no convívio com animais em substituição a métodos agressivos e comparáveis à tortura.
Ao chegar em seu novo local de trabalho, o Centro Psiquiátrico Dom Pedro II, Nise se recusou a adotar o “tratamento” até então dispensado aos pacientes portadores de sofrimento mental, que se baseava em métodos violentos, como agressões físicas, eletrochoque ou lobotomia. Em razão da recusa, a médica foi designada a ficar responsável pelo setor de Terapia Ocupacional do Hospital, até então considerado um setor de menor relevância e que na prática não funcionava. Porém, isso não a impediu de organizar o lugar e convidar os pacientes, ou melhor, seus “clientes”, para ocuparem o novo espaço. Inicialmente receosos, eles chegaram aos poucos e começaram a perceber a diferença em relação ao restante da instituição. Ali encontraram tinta, papel, lápis, telas, respeito, ternura e liberdade para se expressarem. Nise, influenciada pelos ensinamentos do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, defendia a tese de que os esquizofrênicos faziam uso da linguagem simbólica, por meio da arte, para se expressarem.
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História da Enfermagem
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