O complexo principal de histocompatibilidade ou MHC (do inglês major histocompatibility complex) é uma grande região genômica ou família de genes encontrada na maioria dos vertebrados. É a região mais densa de genes do genomados mamíferos e possui importante papel no sistema imune, auto-imunidade e no sucesso reprodutivo. As proteínas codificadas pelo MHC são expressas na superfície das células de todos animais com mandíbula, e apresenta tantoantígenos próprios (fragmentos de peptídeos da própria célula) e antígenos externos (fragmentos de microorganismosinvasores) para um tipo de leucócito chamado célula T que tem a capacidade de matar ou co-ordenar a morte depatógenos, células infectadas ou com função prejudicada.
O sistema imune foi desenvolvido para combater a invasão de agentes estranhos no indivíduo. É composto por uma cascata de reações extremamente complexas e por vários constituintes (células, sinalizadores, etc). O componente mais importante desse sistema é o Complexo Principal de Histocompatibilidade ou MHC, seu aspecto mais visível seja a sua extraordinária diversidade genética, que originou-se devido às pressões evolutivas que os microorganismos inferiram nos vertebrados com o passar do tempo. A função do complexo principal de histocompatibilidade é codificar várias proteínas receptoras trans-membranas, que atuam no reconhecimento e na apresentação de constituintes dos agentes estranhos, os antígenos (figura 1). Esse grupo genético nos seres humanos receberam a denominação de Antígenos Leucocitários Humanos (HLA).
Como já citado o complexo principal de histocompatibilidade é surpreendentemente elaborado, possuindo um conjunto de genes que codificam proteínas receptoras localizadas nas membranas de todos os vertebrados e que atuam no reconhecimento e apresentação dos antígenos. É creditado o descobrimento desse conjunto gênico a Jean Dausset em 1954,[1] estando localizado no braço curto do cromossomo 6, foi uma das primeiras regiões do genoma humano totalmente sequenciada, devido ao grande interesse principalmente na rejeição de transplantes (área médica) e na co-evolução parasito\hospedeiro (biologia evolutiva), com aproximadamente 4 megabases e 224 locos gênicos.
Esse complexo pode ser dividido em três classes: Classe I (que encontram-se mais próximos da região telomérica), classe II (presentes na região centromérica) e classe III (localizado entres os outros dois componentes) . Os antígenos de classe I e II são proteínas expressas nas células e tecidos, enquanto os produtos dos genes de classe III são proteínas encontradas no soro ou outros fluidos do corpo. Os antígenos de classe III não participam da rejeição de transplantes.
As pressões evolutivas proporcionaram um nível surpreendente de poligenia e polimorfia, que agem no sentido de possibilitarem a denominação de “geneticamente único” de fato, devido à variedade de alelos (com exceção de gêmeos monozigóticos), além de outras características tais como o desequilíbrio de ligação (que consequentemente reduz a taxa de crossing over), seleção balenceadora (cujos principais mecanismos são a vantagem do heretozigoto e seleção dependente de frequência).
continuaçao da resposta anterior.
A origem do parasitismo ocorreu quando na evolução de uma das associações ecológicas (competição, mutualismo, predação, etc), uma espécie menor se beneficiou de outra (geralmente maior). Uma população de hospedeiros e uma de patógenos já estão em conflito por definição. O objetivo dos hospedeiros é reduzir o dano, por supressão ou erradicação do patógeno, enquanto que o objetivo do parasito é abrigar-se e tornar o hospedeiro uma fonte de alimento.
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